Eu poderia ficar aqui tecendo milhares de comentários elogiosos sobre as crias de Schulz, mas prefiro apenas dizer que admiro demais seu trabalho, sou fã e não me canso de ler e reler suas instigantes tirinhas, protagonizadas pelo menininho Charlie, seu cachorro e seus amigos! Viva os cartunistas que nos inspiram tanto! :)
sábado, 18 de maio de 2024
Turma adorável
Eu poderia ficar aqui tecendo milhares de comentários elogiosos sobre as crias de Schulz, mas prefiro apenas dizer que admiro demais seu trabalho, sou fã e não me canso de ler e reler suas instigantes tirinhas, protagonizadas pelo menininho Charlie, seu cachorro e seus amigos! Viva os cartunistas que nos inspiram tanto! :)
quarta-feira, 15 de maio de 2024
Mais respeito, por favor!
“Terra”, de Caetano Veloso, sempre me emocionou, mas de uns tempos pra cá, com tantas mudanças climáticas provocadas pela ganância do ser humano, ela me é ainda mais cara! A tragédia no Rio Grande do Sul, ao lado de outras que aconteceram nos anos anteriores, como a do litoral norte de São Paulo e a seca no Amazonas, só pra citar algumas, confirma as previsões dos cientistas que têm sido ignoradas, sucessivamente, pelo poder público. Agora, não há mais tempo, os eventos climáticos extremos e raros acontecem cada vez com mais frequência, há que se ter políticas públicas que antecipem ações para minimizar os danos que virão e, assim, poupar vidas e o meio ambiente!
Voltando à canção, enquanto, em 1968, acontecia a corrida espacial no hemisfério norte, aqui no sul, o Brasil vivia a ditadura militar e, mesmo em meio a tanta turbulência e perda de direitos civis, Caetano soube falar, poeticamente, sobre a conexão profunda do ser humano com seu lugar de origem e isso não tem preço para quem ama a cultura!Foi que eu vi pela primeira vez
As tais fotografias
Em que apareces inteira
Porém lá não estavas nua
E sim, coberta de nuvens
Terra, Terra
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?”
Terra para a mão, carícia…”
sábado, 11 de maio de 2024
Delicadeza em forma de HQ
Já disse numa postagem anterior que as ilustrações de Jordi Lafebre em “Verões felizes" (com texto de Zidrou) me conquistou. Mas eis que procurando outros trabalhos do artista, encontrei essa pérola chamada “Apesar de tudo”, com roteiro e arte de Lafebre! Ah! Adorei tudo, a forma como o autor conta a história, seu traço leve e criativo, os personagens muito bem construídos, os belos cenários, as reflexões que provoca.
quarta-feira, 8 de maio de 2024
Comédias... sempre!
sábado, 4 de maio de 2024
Cinema inspirador e marcante!
Era 1995, ano que contou com uma safra adorável de filmes que me despertaram o desejo de escrever um roteiro! Incrível, mas daqui a pouco comento. No filme "Cortina de Fumaça", tudo é grandioso em sua simplicidade cotidiana, a começar pela interpretação sempre irretocável do ator Harvey Keitel (Auggie Wren), que é o protagonista, dono de uma tabacaria, no Brooklin, em Nova York, por onde passam personagens curiosíssimos, entre eles, o escritor Paul Benjamin, interpretado por William Hurt.
A mania de Auggie me agradou logo de cara, todos os dias, às oito horas da manhã, ele tira uma foto da fachada de sua tabacaria, tem milhares de imagens guardadas do que seria a mesma paisagem, mas que, na verdade, muda a cada dia! Como diria Heráclito: “Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas e o próprio ser já se modificou”. Ou seja, a vida é movimento! Sempre! Preste atenção!
Enfim, as histórias retratadas no filme me fascinaram, despertaram minha inspiração, mas, claro, com roteiro de um escritor, que criou diálogos incríveis e personagens muito bem construídos só podiam me conquistar mesmo. Mas não vou ficar contando detalhes do que se passa no filme, prefiro apenas falar das sensações que tive para, talvez, incentivar alguém a assisti-lo pela primeira vez.
Naqueles dias, tudo que eu assistia no cinema me despertava mil ideias e me inspirava a escrever histórias. Tanto que, em 1995, escrevi meu primeiro “filhinho”: um roteiro, até hoje inacabado, mas como primogênito, muito querido. A partir dele, comecei a pensar na possibilidade de escrever, a Literatura, inclusive, passou a acenar pra mim de forma bastante insistente e simpática! Como leitora, já flertava com os livros, mas como escritora? Será? E, então, escrevi os primeiros textos, que continuam, carinhosamente, guardados, entre eles, uma divertida peça de teatro, que criei pra participar de um concurso que foi cancelado… rsrsrs… fazer o quê! O importante é escrever, escrever, escrever! Muitos aplausos para Paul Auster! Viva a Literatura! Viva o cinema! :)
quarta-feira, 1 de maio de 2024
Reflexões de um vestido rosa, na varanda
De repente, pela porta entreaberta, o vestido ouve uma conversa que o deixa intrigado e pensativo.
– Será que entendi direito? A mãe de minha dona está sugerindo que ela me doe? Não é possível! Será que ela terá a coragem de me despachar assim sem mais? Não posso acreditar, ontem mesmo ela me pegou do guarda-roupa e disse… O que ela disse mesmo? Preciso lembrar. Será que ela estava separando coisas para se livrar e me escolheu entre suas peças de roupa? Por que eu? Não estou tão velho assim… será que enjoou? Ou será que estou puído e não percebi? Preciso de um espelho, adoro a varanda, mas nesse caso preferia estar no quarto pra tentar me olhar no espelho do guarda-roupa. Curioso que elas estavam falando bem baixo e dizem que as pessoas costumam falar baixo quando estão tramando alguma coisa contra seres ingênuos que estão por perto. No caso, eu.
Mais um barulho dentro do apartamento, chama a atenção do vestido, que aguça a audição para tentar entender o que está acontecendo.
– Agora ouvi alguma coisa como: ele sempre gostou, por isso, pensei no rosa! Este rosa da frase deve ser eu! Então, alguém sempre gostou de vê-la vestida comigo! Ah! Que ótimo! Mas a voz dela estava um tanto quanto apreensiva. Já sei, sua mãe, boa pessoa, mas muito consumista, deve achar que ela precisa de um vestido novo. Eu sempre digo, não se mexe em time que está ganhando! Claro que se o príncipe encantado gosta dela comigo, pra quê arriscar outro e perder o clima romântico que eu proporciono… ahahaha… modéstia à parte, claro!
Interrompendo seu pensamento, a porta da varanda se abre e, para sua surpresa, sua dona traz um enorme sorriso no rosto e um brilho diferente nos olhos. E antes mesmo que ele pudesse imaginar o que estava acontecendo, ela o arranca do cabide e o abraça cheia de carinho e diz com sua doce voz de locutora de programa romântico da madrugada: que bom que tenho você sempre nas ocasiões mais importantes, não nas mais chiques, como as que minha mãe adora, mas as mais leves e alegres! Prepare-se, escolhi você de novo! Vamos para um piquenique… não me olhe assim, é com ele mesmo… aquele do encontro no cinema.
– Como é bom ser seu vestido, querida! Adoro seu abraço, seu carinho e o fato de me vestir nos encontros mais românticos e importantes de sua vida!
Neste instante, a mãe grita de dentro: – Já entendi, vai com o rosa de todas as vezes, beleza, mas pare de tratá-lo como uma pessoa ou um pet, se os vizinhos ouvem você falando com uma peça de roupa vão achar o quê? – Ah, mãe! Meu vestido rosa não é simplesmente uma peça de roupa, é como se fosse parte de mim! Agora, chega de conversa, vamos ao nosso encontro com a delicadeza!
– Vamos logo, querida! E obrigado por ser minha alma! :)
* Ah! Preciso registrar que a bela ilustração é da querida designer (sobrinha/afilhada) Aline Cavalcante Donato (@ilustralika)... obrigada pela parceria... 😉