terça-feira, 10 de julho de 2012

Para Sempre!

Depois de vários dias de ausência aqui em meu querido blog, hoje, quero pedir licença para postar uma homenagem à minha mais importante coisa phina, minha mãe, que faleceu na semana passada! A dor e o vazio ainda dão o tom de meus dias, mas espero que aos poucos eu consiga ficar mais forte e pensar que ela está bem e que precisa que eu seja feliz e que siga em frente. Em breve voltarei a usar meu olhar apaixonado sobre cinema e música... sempre com minha mãe no pensamento. E como eu já disse aqui mesmo alguns anos atrás, tudo que eu fizer de melhor será sempre em homenagem à minha querida mãe. Na missa de sétimo dia, um de meus irmãos leu um poema do grande Carlos Drummond de Andrade, intitulado "Para Sempre"... me emocionei muito ao ouvi-lo e também agora ao transcrevê-lo, espero que quem passar por aqui aproveite a delicadeza das palavras de Drummond. Beijos!

"Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho".

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