Modestos e sem rapapés, lápis e papel estão sempre prontos quando a inspiração chama ou uma necessidade de escrever ou rabiscar grita mais alto.
Fáceis de usar, não precisam de manual de instruções, tampouco funcionam à bateria, por isso não nos deixam na mão.
Tetê está sempre com um bloco e um lápis à espreita, ao menor sinal de criatividade, lá está ela, ora escrevendo, ora rabiscando. Desde muito pequena, menor do que é agora, ela impressiona dizendo que quando crescer quer criar!
Ressabiados os pais insistem em saber que tipo de criação: porcos, galinhas, quem sabe, agapornes? Ahahaha... ela dá uma gargalhada, que ilumina o ambiente, e desconversa: quero criar mundos com meus escritos ou rabiscos, não importa, tenho tempo pra sonhar enquanto ainda sou criança!
A mãe abre um sorriso e pede pra pequena mostrar o que tem criado, ultimamente. O pai, por sua vez, torce o nariz e resmunga que será mais uma artista pobre na família.
Arregalando os olhinhos, Tetê faz cara de indignada, esconde seu bloco e diz em alto e bom som: me aguardem... vou ser respeitada e, como sempre ouço vocês dizendo, se der pra pagar os boletos, rir de nós mesmos e comer uma pizza aos sábados já tá valendo! :)
* Esta crônica foi inspirada na doce ilustração de Hiro Kawahara (@hirokawahara), parabéns pelo trabalho sempre inspirador ❤️
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