sábado, 28 de junho de 2025

Sobre adorar um cachorrinho e sua turma!

No ano em que Peanuts comemora 75 anos, completei um álbum do Snoopy, o adorável cãozinho escritor. Ah... desde sempre me encanto com a imagem clássica dele no telhado de sua casinha com a máquina de escrever... afinal, temos muito em comum... adoramos escrever e refletir sobre as coisas da vida! 

Já escrevi aqui antes sobre Snoopy, mais precisamente em maio do ano passado, mas tive que voltar ao doce assunto, porque preencher um álbum de figurinhas é uma delicia a qualquer tempo e comemorar décadas de tirinhas que valem a pena ler e reler é uma satisfação!

Charlie Brown, Lucy, Linus, Schroeder, Sally, Patty Pimentinha, Franklin, Marcie, Chiqueirinho e Woodstock são igualmente encantadores, divertidos e nos provocam altas reflexões! Criados pelo grande cartunista norte-americano Charles Schulz, os personagens de Peanuts, publicada pela primeira vez em 1950, nos conquistam justamente por falarem de sentimentos que nos tocam lá fundo, mas de uma maneira tão natural que nos diverte e até nos faz refletir. 

Voltando ao álbum... o mais interessante pra quem é fã de Snoopy e a turma toda é que ele conta a trajetória dos personagens e curiosidades da criação, um belo registro pra ser lido quando der saudade de algo criativo!

Aproveito pra comentar também sobre uma coletânea que comprei porque, além de gostar de tudo relacionado ao Snoopy, adorei a versão da cena clássica da capa e do título: "Você não entende o sentido da vida". Como diz na contracapa, mais de 250 tirinhas sobre... Filosofia de vida! Adoro filosofar!

A genialidade de Schulz torna a leitura fluida, é daquelas coletâneas que nos instigam a ler quando precisamos de aconchego, de algo pra relaxar do estresse cotidiano ou quando dá vontade de abrir em qualquer página pra, simplesmente, rir com as tirinhas sorteadas! Viva Schulz, sua arte irretocável e seus adoráveis/eternos personagens! :)

sábado, 21 de junho de 2025

Delícias de inverno...

– Chegou o inverno! Adoro os dias frios... ventinho bom... sensação gostosa!

– Pena que não temos neve!

– Um fenômeno natural tão bonito, mas como não cai neve por aqui...

– ... voltemos às alegrias do inverno!

– Beleza... eu começo: ler no sofá, enrolada numa manta, de meia de lã daquelas até a canela... 

–... e de gorro! Tomar um café... acompanhado de um bolo bem macio... conversar à toa, por longos minutos, quiçá horas!

– Deitar cedo... com cobertor, edredon... apagar o abajur e ficar conversando no escuro!

– Preparar uma canja caprichada e comer com pãozinho francês.

– No caso, eu preparo a canja e você vai à padaria providenciar os pãezinhos...

– Sim... canja, você faz muito melhor que eu, querida! Agora... se for o chocolate quente, é comigo!

– Claro, meu chocolatier mais competente das galáxias! Adoro quando você traz naquela caneca grande...

– ... acompanhado pelas bolachinhas de baunilha que você aprendeu com sua avó fica irresistível!

– Ah! A gente sempre se completa, amor! Mas vamos falar mais sobre o inverno...

– Lembrei de uma que é puro aconchego! Bolinho de chuva... com café... simples e sofisticado!

– Ahahaha... adoro fazer, mas confesso que os seus saem mais bonitinhos...

– Tá me elogiando muito hoje, hein, tá querendo alguma coisa?

– Várias... ahahaha...

– Sei que o friozinho dá mais fome, mas o que você quer tanto?

– Ah! Você falou de bolinho de chuva... fiquei com vontade... faz pra nós, amor?

– Pedindo assim... com essa cara de pidona... ahahaha... eu faço! Mas tem uma condição...

– ... que eu faça o café coado!

– Menina esperta! Café coado é mais do que perfeito, só ele combina com bolinhos de chuva!

– Você percebeu que a gente só falou em bebidas e pratos variados, que coisa, parece que a estação é só gastronomia... ahahaha...

– Não seja indiscreta... claro que pensei em um monte de outras coisas boas pra se fazer nos dias frios... só não quero expor nossa intimidade... ahahaha...

– Nossa, agora me animei... o que você pensou de tão íntimo assim que não pode comentar agora...

– Ah! Se preferir, podemos falar mais sobre isso... posso deixar o bolinho de chuva pra mais tarde...

– Uau! Uma conversa tão pueril sobre acepipes que combinam com o inverno... esquentou, hein?

– Ahahaha... aqui é chapa quente! :)

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Natureza ameaçada

– Fico impressionada com a capacidade de destruição do ser humano!

– Tá falando das guerras variadas que, infelizmente, estão acontecendo no mundo?

– Claro que as guerras todas são insanas e lamentáveis, mas eu tava pensando...

– Compartilhe seus pensamentos, amor!

– A ameaça de extinção das abelhas já me assusta, não só por serem polinizadoras de importância ímpar, mas também por nos brindarem com a delicadeza do mel, uma das maravilhas de todos os tempos!

– Ah! Realmente, mel não pode faltar em nossa casa... mas lembrei daquela abelha que você amassou outro dia... ahahaha... que relação é essa de amor e ódio, hein, querida?

– Amor pelo mel que ela produz, mas ódio não, na verdade, medo do ferrão que pode me machucar... 

– Entendi que você tá preocupada com o extermínio das abelhas, também acho isso muito sério e devia ser mais discutido pra ser evitado, mas você começou dizendo que a extinção das abelhas já te assusta, presumo que esse era só mais um agravante... prossiga.

– Adoro sua perspicácia, amor! Realmente, lembrei das abelhas porque são tão delicadas quanto...

– ... quanto o quê?

– Calma, apressado... eu tava pensando... e pensar exige tempo, reflexão.

– Nossa, fala logo, parece que vai escrever um livro de autoajuda... socorro... você sabe que prefiro outro tipo de literatura... ahahaha...

– Você tem certeza que quer continuar conversando, como adultos que somos, pelo menos no RG?

– Ahahaha... adoro suas ironias, mas chega de interromper seu pensamento... fala logo, amor... além da situação das abelhas, o que te aflige?

– Tava lendo aleatoriamente e me deparei com uma notícia triste... os vagalumes estão desaparecendo do planeta... por causa da mania do ser humano de arruinar o meio ambiente!

– Peraí, mas os vagalumes também estão em extinção?

– Sim! As principais ameaças são perda de habitat, uso de pesticidas e o excesso de luz artificial. Pra diminuir esse risco, a primeira coisa a fazer é a conservação das áreas naturais e aí é que tá o problema... as áreas verdes são devastadas frequentemente, dá até medo que daqui a pouco não tenha nem o que conservar.

– Não fala assim, amor! Mas que coisa... os vagalumes ameaçados... é muito triste pensar que podem desaparecer. Eles me lembra a infância,  a gente ia no quintal à noite ficar vendo as luzinhas...

– Ah! Tão lindos com aquela luz brilhando nas bundinhas! Eles também me lembram da infância... os quintais eram tão mais poéticos... desafiadores!

– Hoje, nem se tem mais quintais... e quando tem é tudo azulejado, tem criança que nem sabe o que é terra!

– Prefiro nem comentar! Voltando aos vagalumes... ah... eles são polinizadores e predadores naturais de pragas agrícolas... ou seja, colaboram para o equilíbrio ecológico!

– É revoltante, eles tem valor e deveriam ser mais respeitados! É uma falta de humanidade acabar assim com os bichinhos!

– Vagalumes e abelhas em extinção. Como ficamos nós, seres humanos sensíveis, em meio a tanta tecnologia, desamor e egoísmo?

– É difícil, amor! Somos do time dos encantados pelas delicadezas e sutilezas da Natureza!

– Que lindo, meu polinizador preferido!

– Opa... acabou o momento reflexão? Então, vem pra cá, minha doce abelhinha! :)

sábado, 14 de junho de 2025

Um belo conto de Tolkien

Estava eu em uma feira do livro, quando um exemplar de "Ferreiro do Bosque Maior" me chamou a atenção especialmente por ser de J. R. R. Tolkien... nem quis ler a quarta capa pra saber do que se tratava, pra mim, bastava ser do autor de "O Hobbit", que adoro! Tinha certeza que seria uma leitura agradável e instigante como suas melhores fantasias!

Último conto de Tolkien, a obra é uma delicadeza! Com ilustrações de Pauline Baynes, a história se passa em Bosque Maior, uma vila conhecida pela tradicional Festividade das Boas Crianças, celebrada a cada 24 anos. O ponto alto da festa é o Grande Bolo, dividido entre 24 crianças convidadas. Desta vez, uma das fatias trazia uma estrela mágica que levou Ferreirinha, o menino premiado, a conhecer os encantos e os perigos de Feéria, o Reino das Fadas. Ao longo de sua vida, Ferreirinha manteve as andanças por Feéria e foi se familiarizando com seus recantos e mistérios. 

Como sempre, o autor nos dá a oportunidade de mergulhar em uma viagem, ao mesmo tempo, encantadora e reflexiva... uma boa oportunidade para esquecer um pouco as mazelas do mundo real. Viva Tolkien, sua obra repleta de fantasia e sua habilidade em nos lembrar que se soubermos apreciar as coisas simples da vida vamos perceber que é nelas que mora a verdadeira beleza. :) 

quarta-feira, 11 de junho de 2025

No reino de Shandramabad

"A Rainha dos insetos" é mais uma grafic novel com roteiro do querido belga Zidrou (de "Verões Felizes", "A baleia biblioteca" e etc.), com arte do francês Paul Salomone.

No reino de Shandramabad, a narrativa começa com a morte do rei durante uma caçada, deixando a rainha Shikara, grávida de gêmeos. A partir daí, ela passa a dedicar todo seu amor aos filhos Jalna e Gorakh. Nas vésperas de completarem 14 anos, a rainha os presenteia com um casal de exuberantes pássaros-vulcão! O que Shikara não imaginava é que essa ave fosse causar tanta dor. Encantado com o presente, o curioso Gorakh solta a ave para apreciar seu voo, mas empolga-se e tem uma queda fatal da janela do palácio.

A rainha fica desconsolada e sua ira transforma o reino e a vida da filha, que tenta resistir à autoridade cada vez mais insana da mãe. Em meio ao caos, Jalna tem seu destino mudado quando conhece o ladrão Akbar... então, a história ganha novos rumos, mas vou parar porque o Zidrou conta melhor... rsrsrs... 

Só não posso deixar de falar da beleza da arte de Salomone, com cenários, figurinos e personagens inspirados na cultura indiana, que nos leva, ao longo das páginas, por uma viagem de encantamento. É uma ótima pedida pra quem gosta de mergulhar no universo dos contos fabulosos. Viva a genialidade de Zidrou, que além de escrever ótimos roteiros, sabe sempre escolher os melhores parceiros/ilustradores! :)

sábado, 7 de junho de 2025

Sabino em dose dupla

Por esses dias, mergulhei nas divertidas mineirices de Fernando Sabino. Comecei lendo a coletânea "O homem nu". Em seus quarenta contos e crônicas reunidos nesta edição, o autor nos surpreende nas diversas situações em que mostra as sutilezas da natureza humana. Uma leitura fluida recheada de humor, sensibilidade e pitadas de ironia! 

O conto que dá título à coletânea é o destaque... um homem, que está em sua casa, numa manhã comum, se despe pra tomar banho e enquanto espera a mulher sair do banheiro, resolve fazer um café... e pegar o pão na porta de serviço e eis que um vento, sabe-se lá se noroeste... resolve deixá-lo em uma situação nada agradável... rsrsrs... vou parar de contar, mas recomendo esta obra de Sabino pra quem quer uma leitura leve e aconchegante!



Em seguida, embarquei em "O grande mentecapto", que narra as aventuras e desventuras de Geraldo Viramundo numa verdadeira saga pelas cidades mineiras. Acompanhamos Viramundo desde criança e ao longo de sua vida, um personagem muito bem construído, generoso e absurdamente destemido em sua inocência infinita.

A história é envolvente, ora hilariante, ora emocionante... e quando percebemos, estamos torcendo por Viramundo, o menino nascido em Rio Acima, que resolve ganhar o mundo, no caso Minas Gerais, indo de cidade em cidade, vivendo situações inusitadas e surpreendentes. Viva Sabino! Aplausos à inventividade dos escritores brasileiros! :)

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Pinhão é afeto

Junho chega trazendo belos dias friozinhos e as queridas festas juninas com suas bandeirinhas, quadrilha, barraca da pesca... e suas adoráveis guloseimas: pamonha, curau, bolo de milho, canjica, arroz doce, maçã do amor, milho cozido, cuscuz paulista (adoro)... mas, sinceramente, pinhão é o meu preferido!


Nessa época do ano, quando vou ao mercado, ainda que esteja apressada, o pinhão sempre me chama a atenção e, charmoso, me convence, na hora, a comprá-lo! 

Gosto de cozinhar um bom punhado e saborear ainda quente, quietinha em casa, enquanto leio, escrevo ou, simplesmente, descanso! Parafraseando a canção: um dia frio, um bom sofá pra ler um livro e um pratinho cheio de pinhão... ahahaha... isso é que é poesia gastronômica!

Tudo bem que descascar pinhão pode não ser muito fácil, até dá um certo trabalho, mas comer é tão bom que compensa qualquer unha lascada... ahahaha...

Existem comidas que são afetivas e, pra mim, assim como café com bolo, pinhão também é aconchego e quando esse mês chega tento manter a tradição de comer o acepipe ao menos uma vez!

Claro que o ambiente costuma ser agradável, as brincadeiras encantadoras, as quadrilhas divertidas, o clima acolhedor, mas se tem pinhão, faço minha própria festa junina... rsrsrs... Viva Santo Antônio, São João e São Pedro! Viva nossos arraiás! :)