sábado, 29 de março de 2025

A alegria de calçar um par de tênis

– Gosto de observar as pessoas no metrô, especificamente, os pés das pessoas!

– O que você quer com os pés das pessoas? Será que a cidadã com quem mantenho um belo relacionamento há anos é tarada por pés e eu não sabia?

– Bobo, claro que não, apenas olho pra baixo pra admirar os tênis...

– Só piora... espero que não seja uma metáfora... rsrsrs

– Tá difícil de dialogar hoje, hein?

– Tudo bem, vou ficar quieto, mas explica logo o que você gosta de fazer no metrô, longe dos meus olhos!

– Não seja dramático! Nas minhas observações, percebo que o tênis é o preferido, de variados modelos e cores, está presente na maioria dos pés. Fico tentando identificar a marca de cada um e quando gosto até pesquiso o preço... rsrsrs...

– Ah! Que alívio... pensei que você ficava admirando os... 

– Engraçadinho! Sou uma mulher de respeito!

– Agora você é que está sendo dramática. Acalme-se, porque na minha opinião o tênis é uma das melhores invenções que o mundo já calçou e isso resolve tudo! Ahahaha...

– Concordo! Tênis vai bem com calça jeans, moletom, pantalona, vestidos de todos os comprimentos e estilos; também vai bem com meia de cano curto, de cano longo, colorida, estampada, listrada!

– Sem contar que o danado enfrenta qualquer piso: emborrachado, laminado, cerâmico, de taco. São perfeitos pra proteger os pés e dar estabilidade nas calçadas esburacadas, ruas de paralelepípedo, ladeiras íngremes.

– É o companheiro ideal para caminhadas, andar de bicicleta, levar o cachorro pra passear.

– Combina com qualquer tipo de ambiente, torna a roupa social mais descontraída, é democrático e amado por pessoas de todas as idades.

– Além de ser democrático e amado por pessoas de todas as idades, calçar o bom e velho tênis sempre dá uma sensação de liberdade, fico até mais inspirada, criativa! Então, posso continuar analisando os pés das pessoas no metrô?

– Licença concedida! Ahahaha... agora, fiquei com vontade de comprar uma bicicleta e adotar um cachorro só pra ir buscar inspiração pelas ruas e parques.

– Que lindo, amor! Gostei da ideia, mas como estamos em contenção de despesas, é melhor sair mais tarde só pra caminhar mesmo, sem compras por impulso!

– Como você derruba assim meu castelo de sonhos, querida?

– Ó o drama de novo, amor! Mas se é pra gastar dinheiro, podíamos aproveitar essa nossa declaração de amor ao tênis e ir comprar uns pares novos pra nós... rsrsrs...

– Boa ideia! Só acho que o ideal mesmo seria sermos patrocinados por alguma marca de tênis daqueles top de linha!

– Ahahaha... esse é meu construtor de castelos de sonhos preferido!

– Ahahaha... insensível!

– Tá vendo? A vida de tênis é mais divertida! 

– Na sua companhia, a vida é divertida até de Conga... ahahaha...

– Ahahaha... que amor! A recíproca é verdadeira! :)

quarta-feira, 26 de março de 2025

Só observando...

Brigitte costuma ficar escondida de olhos curiosos durante os churrascos que sua família humana costuma organizar. Ela não gosta muito de eventos sociais... a não ser dos passeios pelo bairro, aí ela se solta e até dá seus pulinhos de alegria, mas os tais churrascos só servem pra ter certeza de que nem todos os humanos podem ser adoráveis, muito pelo contrário, alguns chegam a ser bem estranhos e cheios de manias.


A cachorrinha é o xodó do estressado Bernardo e da tensa Bárbara, o casal que, embora levemente esquisito, a alimenta de ração e amor! Ah! O amor enfraquece qualquer esquisitice, Brigitte também adora os dois, mas confessa ficar nervosa quando inventam essas reuniões.

Como não pode impedi-los de marcar os churrascos, a cadelinha, cujo nome é uma homenagem à atriz francesa Brigitte Bardot, aproveita pra observar os convidados e refletir sobre seus comportamentos bizarros.

A começar pelo próprio Bernardo, uma criatura difícil de entender. Adora cerveja bem gelada, mas esquece a bebida em cima da mesa distraído conversando com os amigos e quando vai provar, reclama que está quente... ninguém mais liga para seus rompantes. Na organização do churrasco, sempre erra as quantidades pra menos ou pra mais, normalmente, a picanha pra menos e a linguiça pra mais... por que será? Ahahaha...

No canto da sala, perto do aparador, um dos amigos de Bernardo, que Brigitte não lembra o nome, segura com as duas mãos um copo de Coca-Cola, tal qual uma criança de oito anos, e com os olhos voltados à churrasqueira gourmet, ele espera que um pedaço de picanha seja servido em seu prato, mas sem grandes perturbações. Afinal, um adulto que toma refrigerante agarrado ao copo como se o mundo fosse acabar, realmente, não precisa de mais nenhuma perturbação, está bem servido... ahahaha...

Brigitte olha a cena e até fecha os olhinhos lembrando o dia em que experimentou a bebida que fez cócegas em seu focinho e provocou uma corrida ao potinho de água pra se livrar do gosto melado do refrigerante. A cachorrinha dá uma sacudida para esquecer a sensação e olha para o outro lado do aparador, onde uma mulher, elegantemente vestida, tem o olhar irritado de quem reprova a tudo e a todos.

Dessa humana sem modos ela lembra bem e até ensaia um rosnado, inclusive, sempre que pode tenta passar o recado para Bárbara, que não leva muito a sério, porque pensa que é ciúme... isso é revoltante, porque os cães sabem bem distinguir quem é gente boa... e essa aí não é mesmo, mas um dia ela ainda convence Bárbara.

Cansada, Brigitte deita um pouco pra descansar, mas logo fica em alerta... acaba de ver o rapaz perto da janela, aquele ela gosta, é educado e sempre faz um carinho quando a vê. Levemente deslocado, o rapaz de calça-cargo parece levar o mundo nos bolsos, enquanto segura o celular como se aguardasse uma mensagem muito importante que tira, completamente, seu foco do churrasco.

Brigitte até suspira... rsrsrs... ele parece tão bonzinho, será que sofre por alguma humana desalmada? Ela já tentou várias vezes ouvir suas conversas, mas nunca conseguiu descobrir a razão de seu olhar de cachorro perdido... ahahaha... talvez por isso tenha um carinho especial por ele. 

Mas sua tranquilidade logo dá lugar à apreensão quando se depara com um dos convidados que pensa que pode acabar com o sofá que ela mal tem permissão de cheirar, quanto mais subir. Injustiça! Esparramado no sofá cor de pérola, o homem tem um copo de cerveja em uma das mãos e um daqueles chamados pratos de pedreiro na outra. Qualquer pessoa que admira sofás, mais ainda, sofás cor de pérola, deve ficar nervosa só de pensar o que pode acontecer se alguém chamar o cidadão de repente ou o volume da música aumentar, subitamente. Brigitte só não late em sua orelha, porque se o humano sem noção resolve manchar o sofá cor de pérola é capaz dela ser colocada de castigo por meses... quiçá por anos! Que horror!

Ah! Finalmente, sua querida humana vem para por ordem na casa. Bárbara é a última a aparecer... quando todos já estão acomodados e, principalmente, comendo e bebendo, pois acredita que assim diminui a vontade que eles têm de falar das mesmas coisas de sempre... como, por exemplo, pedir suas considerações a respeito da viagem que fez pra Birmânia há pelo menos 10 anos... que falta de repertório que assola esses humanos... sem contar os comentários recorrentes sobre ela parecer tão jovem... então, pra driblar essas chatices, faz questão de aparecer mais tarde, mesmo arriscando perder a rodada de muçarela de búfala.

Brigitte só sai de seu esconderijo quando ouve o barulho das colheres de sobremesa tilintando nos potinhos de sorvete. Uau! A reunião está acabando, logo vai poder ficar sozinha com seus humanos, assistindo a algum filme relaxante... e roncar tranquilamente esparramada no tapete.

Depois de mais um longo dia de churrasco, a cachorrinha chega à conclusão que não há problema algum com Bernardo e Bárbara. Na verdade, ele é estressado e ela tensa só com os outros humanos, com ela são doces e divertidos! Por sua vez, Brigitte só fica introspectiva nessas reuniões intermináveis, porque com eles é carismática, carinhosa e humilde... ahahaha... agora, chega de reflexões que tá na hora da ração... oba! :)

* A foto que ilustra esta crônica é de uma doce e fotogênica cachorrinha chamada Lady... ❤️

sábado, 22 de março de 2025

Outono

 – Ah! O sol de outono, céu azul iluminado, aquela brisa fresca... que gostoso andar por aí e depois...

– ... tomar um cappuccino!

– Como você sabe?

– Anos de convívio! Você sempre arruma um jeito de tomar um cappuccino... rsrsrs

– E você adora me levar por aí pra tomar cappuccino a qualquer tempo...

– E em todas as estações! É sempre um prazer!

– Mesmo quando você gostaria de tomar uma cerveja gelada num boteco?

– Claro... nada substitui a beleza de seu olhar pra xícara de cappuccino, aliás, sinto até um certo ciúme...

– Ahahaha... bobo... ciúme do cappuccino?

– Ciúme dos seus olhos brilhando pro cappuccino!

– Nossa... que romântico! O que houve?

– Deve ser o outono que deixa a gente mais sensível...

– Concordo, mas voltando ao tema ciúme...

– Desabafe, amor!

– Sabe do que fiquei com ciúmes outro dia? De ver você passeando de bicicleta... fiquei olhando da janela, parecia tão satisfeito em cima daquela magrela metida!

– Ahahaha... como assim?

– É verdade, nunca senti isso antes, mas aquele dia você saiu tão apressado dizendo que precisava andar de bicicleta pra desestressar, fiquei arrasada aqui pensando que antes você preferia desestressar comigo...

– Não fala assim, aquele dia eu tive trezentas reuniões no mesmo dia, precisava acalmar os ânimos pra aproveitar a noite com você, nem que fosse vendo um filme agarradinho...

– Sério? Fiquei meio perdida de te ver saindo com a bicicleta.

– Haja paciência com a gente, hein? Um com ciúme do cappuccino e a outra da bicicleta... ahahaha

– Ahahaha... deve ser o outono!

– Então, vamos parar com isso e aproveitar a tarde indo de bicicleta tomar cappuccino, que tal?

– Por que de bicicleta? Vamos à pé... assim podemos ir olhando a paisagem, as árvores...

– Os esquilos, as ararinhas azuis... quem ouve pensa que você tá num cenário das animações Disney... ahahaha...

– Engraçadinho!

– Tudo isso porque não quer me ver de bicicleta... ciumentinha adorável!

– Ah! "Adorável" me quebrou... nem consigo brigar.

– Ahahaha... sei como agradar sua pessoa... anos de convivência!

– Canalha cativante! :)

quarta-feira, 19 de março de 2025

Manhã agitada

 – Acordei sossegada, pensando em relaxar, mas tive que ficar sei lá quanto tempo tentando afastar uma abelha da lâmpada da cozinha. Parece brincadeira, eu só queria relaxar um pouco e, de repente, me vi com um pano de prato tentando acertar a abelha e torcendo pra ela sair pela janela... que canseira!

– Curioso, não ouvi nada.

– Claro que não ouviu, eu não falei nada durante a ação, fiquei só tentando espantar a abelha! Você queria ouvir o quê?

– Sei lá, você conversa com as plantas, pensei que conversasse com os animais... 

– Engraçadinho! Você acha que eu ia ficar discutindo com uma abelha? Depois de muitas tentativas de acertar um peteleco, ela veio pra cima de mim... aí fiquei furiosa e amassei a dita cuja!

– Como é cruel! Você não sabe a importância das abelhas para manutenção da vida na Terra?

– Ahahaha... você acha que eu ia conviver com uma abelha que estava pronta pra me atacar? Ela que vá polinizar pra lá... tá na cara que entrou aqui por acaso...

– Mais grave ainda! Você não acha triste a abelha estar perdida e você não ajudá-la a seguir seu caminho?

– Eu nem sei por onde entrou essa metida!

– Por que não me chamou?

– Ah! O herói! Você acha que eu não sei espantar uma abelha?

– É óbvio que não sabe! Você disse que esmagou a criaturinha!

– Ela tentou me atacar!

– Ahahaha... você fala como se tivesse sido atacada por um rinoceronte!

– Você ri, mas não pensa que se ela tivesse me picado eu poderia inchar como aquele peixe...

– Ahahaha... você por acaso tem alergia à picada de abelha pra pensar em inchar como um baiacu?

– Eu sei lá! Mas não vou pagar pra ver... tenho mais o que fazer do que testar uma possível alergia?

– Ah! Minha tese é que a abelha tentou te atacar porque você é doce como o mel, amor! Acalme-se!

– Que romântico! Espero que não tenha nenhum traço de ironia em sua frase.

– Irônico, eu?

– Irônico e insensível!

– Parece nome de livro da Jane Austin!

– Ahahaha... bobo! :)

sábado, 15 de março de 2025

Um legítimo produto cultural brasileiro

Entre as inúmeras entrevistas que a Fernanda Torres deu durante a campanha de "Ainda estou aqui" rumo ao Oscar, me chamou a atenção a que ela fala da importância cultural das telenovelas brasileiras: "Novelas nos viciaram em nós mesmos, ajudaram o Brasil a não ser tão colonizado por culturas estrangeiras... Temos autores muito bons, principalmente, ali na década de 80, tínhamos novelas espetaculares. E elas ensinaram o povo brasileiro a se assistir em português"! 

Aí fiquei pensando, cresci assistindo novelas e desde sempre admirava seus autores. Adorava as novelas das 19h, divertidas como "Guerra dos Sexos", de Sílvio de Abreu, e "Vereda Tropical", de Carlos Lombardi, e a incrível "Que rei sou eu?", de Cassiano Gabus Mendes, que criou personagens inesquecíveis, interpretados por grandes atores, em uma trama que mesclava humor e crítica social e política... na minha opinião, uma mais marcantes e inovadoras novelas de todos os tempos! Salve o Reino de Avilan... rsrsrs

Claro que as novelas das 20h (que, hoje, passam sei lá que horas... rsrsrs... faz tempo que não assisto) também eram ótimas e contavam com autores brilhantes, como Manuel Carlos, Benedito Ruy Barbosa, Dias Gomes, Janete Clair, Gilberto Braga, Walter Negrão, que nos emocionaram, divertiram e inspiraram! Mas, sinceramente, as chamadas novelas de época, das 18h, sempre me conquistaram, algumas por flertarem com a Literatura, outras por retratarem histórias simples e, por isso, adoráveis... minhas preferidas e mais batutas são as que se passam nas décadas de 1950 e 1960, adoro as músicas, cenários e tramas envolventes, como, por exemplo, "Estúpido Cupido" (Mario Prata), e "Bambolê" (Daniel Más, com colaboração de Ana Maria Moretzsohn).

Confesso que, ao longo dos anos, fui deixando o hábito de assistir três novelas por noite... rsrsrs, mas as da faixa das seis ainda continuam me conquistando... como a atual "Garota do Momento", de Alessandra Poggi. Adoro o figurino, trilha sonora, os personagens bem construídos, a fotografia que dá o tom de 1958, época que parecia que o Brasil era mais próspero, alegre e leve... o que dá um certo aconchego e nos tira um pouco da dura realidade. 

É fato que adoro ler, ir ao cinema, ao teatro, visitar exposições, enfim, qualquer programa cultural, mas também gosto de assistir minha novelinha das seis... rsrsrs... porque adoro a atmosfera dos anos 1950... o boliche, as lambretas, a TV Ondas do Mar, o Clube Gente Fina e uma elegância que parece que o mundo foi perdendo ao longo dos anos. O elenco todo está muito bem, mas destaco o trabalho de Danton Mello interpretando o dono da agência de publicidade Hi-Fi, Raimundo e sua gastrite impagável, enfim, uma novela que vale a pena assistir pra desestressar!

Ah! A cultura brasileira é muito rica em suas várias vertentes e merece sempre ser valorizada. Concordo com nossa totalmente premiada Fernanda Torres ao exaltar a relevância cultural das novelas brasileiras. Salve toda e qualquer manifestação cultural que tempera a vida e ajuda a construir nossa identidade! :)

sábado, 8 de março de 2025

Viajando no cappuccino

Escolhi uma mesa num cantinho pra relaxar tomando um cappuccino. Sim, gosto mesmo em pleno verão, não ligo para o clima, se tiver vontade, tomo sorvete no inverno. Ah! Agora lembrei de um gelato que saboreei pertinho do Vaticano... luva, cachecol, casaco, botas e um gelato de pistacchio... uau! Foi em uma viagem há alguns anos, incrível como me senti à vontade em Roma... adoraria voltar a caminhar por suas ruas históricas! 

Ainda saboreando meu cappuccino, continuei pensando, rascunhando num pedaço de papel e como uma coisa leva a outra, comecei a imaginar uma longa viagem por cidades italianas e, quem sabe, conhecer a terra natal do meu avô paterno... a cidadezinha aprazível de Pontremoli, que fica na região da Toscana! Vendo as imagens, me imaginei passeando por suas simpáticas ruazinhas, parando pra observar os cantinhos e ouvir o sotaque local... adoro ouvir conversas aleatórias em italiano!

Lembro da minha saudosa mãe dizendo que eu tinha uns comportamentos que lembravam meu avô italiano, meu saudoso pai ria e concordava... ahahaha... Grazie mille!

No último gole do cappuccino, já me vejo atravessando o Atlântico rumo à viagem dos sonhos, começando pela Itália de meu avô paterno e depois seguindo para Portugal pra conhecer Lisboa, Porto e a terra do meu avô materno: Ilha da Madeira! Opa, xícara vazia, Gi aventureira preparada, mil ideias de roteiro, só faltam os euros... rsrsrs... Um salve para meu avô italiano e para meu avô português! Viva o Brasil e suas misturas! :)


* A foto da cidade de Pontremoli, que ilustra essa singela crônica sobre inspiração e raízes, é de Lilian Donatti.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Uma voz e uma canção marcantes

Esta semana, a cantora e compositora Roberta Flack saiu de cena... e uma das músicas mais importantes de sua carreira me faz lembrar de certos domingos em que minha saudosa mãe fazia frango com macarronada ou risoto ou qualquer prato delicioso... e quando íamos nos reunir à mesa, ela me pedia: põe uma música suave pra gente almoçar! Eu ia toda animada e escolhia um LP específico, uma coletânea com diversos sucessos da música internacional. 

Mas sempre colocava o lado B, porque, na minha opinião, ele começava com a música mais linda do disco e, inclusive, combinava com o pedido da minha mãe: "Kiling me softly"!

A letra fala exatamente sobre como alguém cantando uma história pode nos tocar tanto... como se cantasse a nossa própria história! Pois é, as canções têm esse poder de nos emocionar, nos fazer viajar, recordar. Desde criança, em casa, vivíamos rodeados por livros e discos (de vários estilos), que faziam e continuam me fazendo sonhar!


Esta música é daquelas que quando ouço em qualquer lugar, paro alguns minutos só pra lembrar daqueles almoços de domingo... a voz suave, o piano, a levada bossa nova, é realmente uma pérola! Obrigada por tanto talento! Aplausos para Roberta Flack! :)



* As imagens que ilustram essa singela homenagem são do disco cuja primeira faixa do Lado B foi tocada repetidas vezes... canção que me marcou e me emociona desde sempre ❤️