terça-feira, 20 de julho de 2021

Para refletir

Hoje, volto a falar sobre Lima Barreto que nos brinda com críticas sociais ácidas bem temperadas pela ironia. Desta vez, destaco dois contos. Primeiro, o clássico "O Homem que sabia javanês" conta a história de Castelo, que driblou a necessidade e o desemprego fazendo-se passar por conhecedor da língua e cultura javanesa. Malandro, foi galgando degraus da respeitabilidade de fachada até que foi nomeado cônsul, representando o País pelo mundo. Com sua brilhante escrita, o autor nos traz pérolas como: "O que me admira é que tenhas ocorrido tantas aventuras aqui neste Brasil imbecil e burocrático." E esta, em que o protagonista vangloria-se de seu feito, como, aliás, muitos por aí: "E a minha fama crescia. Na rua, os informados apontavam-me dizendo aos outros: 'lá vai o sujeito que sabe javanês'". Enfim, uma figura que mostra como o oportunismo fez escola e ainda se faz muito presente na cena brasileira, em que as aparências seguem valorizadas no ritmo do eterno país do futuro!

Em "A Biblioteca", o que chama a atenção são as ricas descrições que o autor faz das lembranças de Fausto Carregal, um funcionário público que herdou uma bela biblioteca com livros do pai e do avô. O intuito do protagonista é fazer com que um dos filhos se interesse pela rica coleção de obras de ciências clássicas e de literatura, da qual ele mesmo não leu um único exemplar. O conto começa com Fausto lembrando de detalhes da decoração do casarão do pai, onde a biblioteca "tinha vivido durante dezenas de anos, a gosto e à vontade". Entre as recordações, adoro esta: "E o espevitador de velas? Como ele se lembrava desse utensílio obsoleto, de prata! Era com ternura que se recordava dele, nas mãos de sua mãe, quando, nos longos serões, na sala de jantar, à espera do chá - que chá! - ele o via aparar os morrões das velas do candelabro, enquanto ela, sua mãe, não interrompia a história do Príncipe Tatu, que estava contando...". Confesso que o final é bastante inquietante pra quem, como eu, adora livros, mas a narrativa de Lima Barreto é sempre muito rica, com pitadas divertidas que tornam a leitura leve e, ao mesmo tempo, com contundente crítica social que nos faz refletir. Viva o escritor brasileiro! Salve os clássicos! :)

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Beleza e simplicidade

Desde quando foi lançado, em 2018, tinha curiosidade de ler "Os meninos da caverna", do jornalista Rodrigo Carvalho, correspondente da TV Globo em Londres. Como jornalista/escritora, adoro as histórias por trás da notícia. O livro (no meu caso, e-book em promoção... rsrsrs) conta a história do drama pelo qual passaram os meninos e o técnico do time de futebol Javalis Selvagens, que ficaram presos, por 18 dias, na caverna Tham Luang, na província de Chiang Rai, na Tailândia. O resgate quase impossível envolveu mergulhadores e profissionais do mundo todo e mobilizou as atenções e a nossa torcida. Ainda que o tema seja dramático, o autor, que participou da cobertura jornalística, nos brinda com uma narrativa leve e repleta de humanidade. Gosto de como Rodrigo conta os detalhes de forma bem humorada e carinhosa, como nesses trechos: "Quando finalmente foram encontrados por mergulhadores britânicos, depois de nove dias, os garotos pareciam filhotinhos de cachorro"... uns assustados, outros encantados. Achei de uma delicadeza! "As motos barulhentas estão por todos os cantos, nem sempre pilotadas por adultos. Também não chega a ser difícil ver quatro humanos sem capacete na mesma lambreta: um pai ou mãe com três pequenos grudados no guidão, quando, não raro, há um cachorro assustado e espremido no meio." Adorei a cena família completa! E falando de sua religiosidade: "Hoje em dia nos falamos até demais. Não preciso me ajoelhar, nem comer seu corpo e beber seu sangue. Às vezes, basta cruzar o olhar com o vira-lata aqui de casa. Afinal, são um só." Pra quem, como eu, segue o jornalista nas redes sociais e conhece o grande Biriba (o vira-lata mais charmoso do Brasil em Londres... rsrsrs), essa reflexão é ainda mais bonita! Mas não vou contar mais, esses trechos foram só um "aperitisco"... rsrsrs... quem ler entenderá! Enfim, gostei por mostrar como a simplicidade, os sorrisos e a empatia (coisa que anda muito em falta atualmente) são tão importantes para tornar a vida mais iluminada e alegre! Sem contar que um livro que fala de um time de futebol, de cachorro, com pitadas de bom humor e humanidade é um prazer! Recomendo! Salve o Jornalismo! Viva a sagrada liberdade de expressão! :)

terça-feira, 13 de julho de 2021

Todo dia é dia de rock!

Dia Mundial do Rock! Pra mim, rock é amor intenso em forma de música! É prazer total! Acordei com vontade de escrever sobre alguns shows de rock'n'roll que tive o privilégio de assistir. Claro que fui a muito menos shows do que gostaria, mas, enfim, resolvi lembrar algumas histórias sobre esses momentos! Ouvir rock sempre me fez melhor e mais forte... em tudo! 

Nos anos 1990, fui a duas edições do Hollywood Rock, no Pacaembu! Pqp! Em 1994, assisti Titãs... maravilhoso... gosto da banda desde os primeiros discos, faz parte de mim. E encerramos a noite com Aerosmith... adoro... Steven Tyler e sua boca enorme... e olhos brilhantes. Fiquei pertinho do palco e tive a nítida impressão que ele cantou algumas canções olhando pra mim... deve ter sido a adrenalina... ahahaha... Em 1996, fui pra ver o The Cure! "Inbetween days" é daquelas pra cantar gritando bem alto... adorava ouvir correndo pra pegar o ônibus e recomendo... rsrsrs... Ah... sobre esse dia, cheguei perto do palco na hora da apresentação do White Zombie... gostei do som dos caras! Lembro que aproveitei e bati cabelo pra garantir lugar perto do palco pra apresentação do The Cure... ahahaha... e consegui! Aqui dentro, a Gi dos anos 1990 tá gritando e cantando!

Ainda nos doces e agitados anos 1990, fui a alguns shows que vô te falá... Coisa Phina mesmo! Em 1993, no Pacaembu, assisti pela primeira vez sir Paul McCartney! Adoro... nem sei qual adjetivo usar... cantei todas as músicas com ele... uau... adorei "My Love" (a Linda estava com ele no palco) e me emocionei em várias outras... como "The long and winding road"... linda canção que me emociona sempre... inclusive, em 2014, no show do Allianz Parque, literalmente chorei... e depois pulei até quase perder o fôlego com "Ob-la-di ob-la-dá"... ahahaha... Beatles é sempre muito bom! Paul, Ringo, John (divino) e George... o mais doce dos quatro meninos de Liverpool.

Em 1995, fui pela primeira vez assistir, no Pacaembu, aos simplesmente irresistíveis Rolling Stones! Era a turnê Voodoo Lounge! Adoro Mick Jagger flanando pelo palco... a guitarra absurda de Ketih Richards... Ron Wood e sua cara de irmão gêmeo do Rod Stewart... rsrsrs... e o senhor da bateria: Charlie Watts, que fez um solo do caramba, a gente quase queimou a mão de tanto aplaudir... o cara é de uma elegância e, ao mesmo tempo, de uma força! O detalhe, que qualquer dia conto melhor, é que assisti a esse show especificamente dois dias seguidos, um dentro do estádio e outro fora, pendurada no morro ao lado do Paca... ai que saudade dessas noites de rock! Aí, em 2016, no Morumbi, fui de novo ao encontro dos Stones na maior satisfaction! Adoro! Foi difícil não pular e cantar aos gritos "Start me up", que é uma das minhas preferidas... sem palavras pra falar da apresentação desses caras, é sempre um banho de qualidade, beleza... tudo de lindo! Pois é, sou fã mesmo!

Ah! Em 2013, fui ao Monsters of Rock, na Arena Anhembi! Assisti shows durante o dia todo, um sol de sei lá uns 35 graus (fiquei com umas marquinhas vermelhas nos braços que arderam pra cacete, mas só percebi à noite quando não conseguia nem encostar a mão nos ombros... rsrsrs). Enfim, quando subiu ao palco o Whitesnake foi muito legal... "Is this love"... ah... um pouco de romantismo é sempre bom! E aí, mais uma vez, assisti a uma apresentação do Aerosmith! Ah! É uma doideira... a gente quase passa por cima dos outros pra chegar mais perto da grade do palco quando o Tyler se aproxima e até esquecemos que fomos lá apenas pra curtir um som e não pra passar vergonha... ahahaha...

Ah! Por outro lado, tem vários roqueiros que mesmo não tendo tido a oportunidade de ver em shows, adoro e ouço sempre, mas aqui vou citar apenas dois: primeiro, nossa rainha Rita Lee! Adoro suas músicas... "Ovelha negra", "Orra meu", "Flagra", "Erva venenosa", "Pega rapaz", e a clássica "Agora só falta você". Inclusive, um de meus livros (Infância, o recreio da vida) tem uma personagem chamada Rita em homenagem a nossa rainha, que conta que adorava cantar "E fui andando sem pensar em voltar"... adoro a sensação de liberdade que essa frase provoca! Como uma de suas súditas, minha reverência e meus maiores aplausos para nossa grande Rainha Rita Lee! E segundo, preciso dizer que adoro Dire Straits... a guitarra em "Sultans of Swing" é de lascar de boa, está em meus fones de ouvido desde sempre... Mark Knopfler... absoluto! O disco "Brothers in arms" é todo muito bom... e a música "Walk of life"... nossa!

Ah! Quase ia esquecendo de falar do meu primeiro ídolo roqueiro... meu irmão Gilberto (Giba para o mundo, mas, pra mim, Betão!)... eu era muito pequenininha, mas lembro dele tocando guitarra com sua banda, ensaiando na nossa casa... e também colecionava umas revistinhas que traziam as músicas com as cifras, ele tocava e a gente cantava sem medo de ser feliz... ahahaha... enfim, foi quem me apresentou a esse adorável mundo do rock! Viva os roqueiros de todos os estilos! Viva o Rock! :)

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Sonho clássico!

"Assim é que, no meu entender, têm língua amarrada o amor e a simplicidade: quanto menos falam, mais dizem"... Ah! Essa frase é de uma delicadeza imensa! "Sonho de uma noite de verão", de William Shakespeare, é daqueles livros (no meu caso, e-book... rsrsrs) que alegra os momentos de isolamento! A narrativa tem romance, fantasia, casais apaixonados, fadas, duendes e belas pitadas de humor. Não é preciso dizer que o autor é grande e atemporal, continua nos fazendo refletir e sonhar há séculos. Já li vários outras obras do dramaturgo inglês, mas certamente essa é uma de minhas preferidas. No caso de "Romeu e Julieta", confesso que as imensas falas da Ama me derrubaram na primeira tentativa... devia ter uns 13 ou 14 anos... e abandonei... só mais tarde, voltei a ler e aí gostei! Ah... lembro também quando fiz um curso, lá por 2005, sobre História do Teatro, na Biblioteca Mário de Andrade, quando li "Hamlet" e "A Comédia dos Erros"... fiquei encantada com os personagens muito bem construídos e a narrativa envolvente. Enfim, Shakespeare é um clássico da dramaturgia mundial e merece ser lido e relido sempre! Viva o Teatro! :)

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Uma espécie de Quixote!

Em "Triste fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, o protagonista é um patriota fervoroso que ama o Brasil, luta pela valorização da cultura nacional e sonha com um país mais acolhedor, onde houvesse fartura para todos. A leitura é uma viagem pelos primeiros anos da República, a temática é absolutamente atual. Irônico e certeiro, o autor nos brinda com uma contundente denúncia social. O que me chamou a atenção foi a descrição do subúrbio, no caso do Rio de Janeiro, os diferentes tipos de casas, as ruas e vielas e até sobre o calçamento ou a falta dele, como nesse trecho: "Os cuidados municipais também são variáveis e caprichosos. Às vezes, nas ruas, há passeios em certas partes e em outras não, algumas vias de comunicação são calçadas e outras da mesma importância estão ainda em estado de natureza"... coisa que nas periferias brasileiras ainda acontece, mesmo em pleno século XXI. A narrativa é recheada de detalhes que nos faz viajar pelos cenários, os personagens são muito bem construídos, como Ricardo Coração dos Outros, professor de violão e um dos únicos amigos de Quaresma, que também sofre com a falta de afeto e amor no mundo. Agora, preciso dizer que Policarpo Quaresma me conquistou por sua personalidade sonhadora, lembrando meu querido Dom Quixote (Miguel de Cervantes), que lutou incansavelmente pela valorização das coisas brasileiras, e na sua ilusão propôs tornar o Tupi língua oficial do País, tentou ser agricultor para mostrar ao povo como explorar a terra de forma saudável e em determinado momento, cansado de sua luta inglória, perguntou-se onde estava a doçura de nossa gente. Boa pergunta, Quaresma! Enfim, existem muitas reflexões que a obra nos propõe. Leitura mais do que necessária! Viva a Literatura Brasileira! :)

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Folclore e mundo geek!

Quero falar de um e-book/livro muito legal que envolve personagens do Folclore brasileiro e o mundo dos games: "Ouro, fogo e megabytes", primeiro volume da trilogia "O Legado Folclórico" de Felipe Castilho! Também é o primeiro livro que li do autor e gostei bastante, é uma história muito bem construída e que tem duas características que me encantaram: fantasia com figuras do nosso folclore, como saci, boitatá, entre outros, e em cenários da minha querida cidade de São Paulo, como paulistana adoro! (aliás, o autor também é paulistano... momento paulistanidade exacerbada... ahahaha). A narrativa é fluida, a aventura acontece em lugares como o Viaduto do Chá e Rua Santa Ifigênia, adorei! Os personagens são muito bem construídos e o protagonista, que passeia pelos mundos geek e das lendas folclóricas, conquista o leitor, torci muito por ele... rsrsrs... Confesso que não sou do mundo dos games, tive que buscar o significado de alguns jargões, mas a mistura com folclore é o toque especial do livro. Acredito que ressaltar nossa cultura em qualquer gênero é sempre uma ação bem-vinda! Claro que quando ler os outros volumes da trilogia, vou comentar aqui, mas quero registrar que esse primeiro vale muito a pena! Outra coisa que gostei é que a história traz algumas mensagens subliminares que são muito importantes nesse momento, como a necessidade de preservação da Natureza, seus mistérios e belezas, até porque os personagens folclóricos são guardiões das matas, rios, enfim, o que temos de mais bonito no Brasil! Viva o Folclore Brasileiro! Salve o(a) escritor(a) nacional! :)

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Pioneiro da malandragem

Mais um clássico... "Memórias de um sargento de milícias", único romance de Manuel Antônio de Almeida! Ambientada no Rio de Janeiro, no início do século XIX, a narrativa é marcante. Primeiro, porque, mesmo publicada no auge do Romantismo, passa longe do sentimentalismo e enfoca a população comum, com ironia e bom humor. Segundo, porque seu protagonista, Leonardo, é o primeiro malandro a ser retratado na Literatura Brasileira. Ah! A interação do autor com o leitor é encantadora. E o tom coloquial ao retratar o anti-herói, "filho de uma pisadela e de um beliscão",  faz a leitura bastante fluida. Malandro desde criancinha, ele dribla os problemas com o pai, a condição social e ainda assim é sortudo, por onde passa conquista a todos. Sem contar que sua história tem uma pitadinha de romance com a Luizinha, mas chega de detalhes... rsrsrs... Enfim, é mais um livro, no meu caso um e-book, que vale a pena ler! Como canta o querido Chico Buarque: "eis o malandro na praça outra vez, caminhando na ponta dos pés..." Viva o escritor brasileiro! :)

domingo, 23 de maio de 2021

Leveza e sensibilidade!

Como disse, anteriormente, gosto de intercalar a leitura de contos e de romances pra dar um respiro, inspirar e aguçar a criatividade! Pois é, hoje quero falar sobre o conto de fadas "A Princesa Leve", de George MacDonald, pioneiro da literatura fantástica moderna, cuja obra influenciou grandes autores como J. R. R. Tolkien, Lewis Carroll e C.S. Lewis, que, inclusive o considerava seu mestre. Publicada em 1864, a história é sobre uma princesa que, ainda bebê, é enfeitiçada por uma tia meio que indigesta... rsrsrs, e perde sua gravidade. A menina vive flutuando como uma pluma. Assim como a própria protagonista, a narrativa é leve e divertida. Com sua princesa nada convencional e um estilo de escrita agradável, o autor conquistou a leitora aqui, principalmente, no trecho abaixo, que mostra como sua inteligência e sensibilidade estão acima das convenções sociais:
"Certo dia, ele perdeu seu séquito de vista numa grande floresta. Essas florestas eram muito úteis para afastar príncipes de seus cortesãos, como uma peneira que separa o farelo do trigo. E assim os príncipes fogem para seguir seus destinos. Desse modo, eles têm vantagem sobre as princesas, que são obrigadas a se casar antes de terem um pouco de diversão. Eu gostaria que nossas princesas se perdessem numa floresta de vez em quando."
Ah! Que doce... digno de nossos mais carinhosos aplausos! Viva as princesas que se perdem na floresta! :)

sexta-feira, 21 de maio de 2021

As irmãs Brontë

Há muitos anos, li um livro de bolso, "Jane Eyre", que, na verdade, era uma adaptação da obra de Charlotte Brontë. Fiquei encantada com aquela história. Anos depois, num dos passeios pelas estantes de uma livraria me deparei com o livro e a vontade de conhecer a história original aumentou, só que não tinha grana na época... rsrsrs... Finalmente, em 2019, comprei o exemplar físico e li em apenas seis dias, a narrativa é envolvente. Jane sofre na infância, mas torna-se uma mulher forte que sonha com uma vida muito além de casar e formar família, destino reservada à maioria das mulheres no século XIX. É um clássico revolucionário, feminista e repleto de situações que mostram como a autora tinha uma visão muito à frente de seu tempo! O tipo de livro que merece ser lido e relido sempre!

"O Morro dos Ventos Uivantes", de Emily Brontë, é uma história mais pesada, que mostra a inquietante relação entre Catherine e Heathcliff, que envolve amor, dor e morte, é um retrato da degradação humana. Talvez uma das coisas que me fez adiar a leitura foi a música "Wuthering Heights", gravada por Kate Bush, assustadora... rsrsrs.

"Agnes Grey", de Anne Brontë, foi uma surpresa! Sempre tive curiosidade de ler um livro dela. No caso, acabei de ler o e-book. Gostei da história porque sua protagonista, assim como as de suas irmãs, é bastante forte e também busca sua independência, trabalhando e enfrentando preconceitos e desrespeito. Agnes gosta de ler, prima pela educação e um detalhe com o qual eu me identifico muito, é seu gosto por fazer longas caminhadas. Adoro! O final também gostei bastante, fiquem tranquilos, não vou contar, mas é bonito, delicado. Enfim, a história é intimista, suave e, ao mesmo tempo, valoriza a mulher atuante, corajosa mesmo em uma época em que tinham tão poucos direitos. 

Aplausos às irmãs Brontë que souberam driblar o mundo masculino e continuam sendo lembradas pela força e importância de suas obras! Viva os clássicos da Literatura! Viva as escritoras! :)

terça-feira, 18 de maio de 2021

Chá e histórias!

Com a xícara de chá a postos, seguindo com a leitura de romances de época, hoje, quero falar um pouco sobre o box "Os Bridgertons", da Julia Quinn, que já queria ler, mas fiquei mais curiosa depois de assistir à primeira temporada da série da Netflix. Gostei, claro, é muito bem produzida, é uma boa adaptação, mas ainda assim prefiro os livros. O box, no meu caso, de e-books, tem oito volumes, cada um protagonizado por um dos filhos da viúva Violet Bridgerton, além do nono com epílogos extras e o livro "Crônicas da sociedade de Lady Whistledown". Depois de todos lidos, posso dizer que o meu preferido é o Livro 3 - "Um perfeito cavalheiro", que traz a história de Benedict Bridgerton e Sophie... uma agradável releitura de Cinderela... meu conto de fadas preferido! Eles se conhecem em um baile de máscaras e tem aquela coisa dela ter que sair antes da meia noite... ah... adorei! Gostei de conhecer essa família toda, mas quero registrar que, embora tenha um conto no volume 9 enfocando a matriarca Violet, em minha humilde opinião, a história dela com o saudoso Edmund merecia um livro! Mas, enfim, pra quem, como eu, gosta de mergulhar na leitura pra relaxar, esse box é uma divertida viagem à Inglaterra do século XIX... :)

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Ler e reler

O "Cortiço", de Aluísio Azevedo, é um dos clássicos da Literatura Brasileira de que mais gosto. Li pela segunda vez há pouco tempo e, novamente, gostei da maneira como o autor retrata a vida oprimida das classes mais humildes. Mas uma das coisas que sempre me chamou a atenção é que, pra mim, o cortiço funciona como o personagem principal, pulsando em meio às brigas e intrigas dos moradores, e à ambição do seu proprietário... tudo com generosas pitadas de crítica social. O romance é um retrato do Brasil do século XIX que continua bastante atual. Enfim, é um livro que merece ser lido, relido e revisitado... ah! Por falar em revisitado, mais uma vez, pedi que minha sobrinha/afilhada/designer, Aline (instagram@ilustralika), fizesse uma ilustração (no caso, digital) pra arrematar brilhantemente este post e olha que coisa mais linda esse cortiço (atenção, presença de madrinha coruja na área... rsrsrs). Ah... aqui literatura e arte estão sempre de mãos dadas! Viva a Literatura brasileira! Viva a arte em todas as suas formas! :)    

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Poeta das coisas simples... e grandiosas!

Desde sempre considero os poetas brilhantes... tecer ideias em versos é encantador. Um dos meus preferidos é Mário Quintana, não só pela sensibilidade, mas também pela leveza, pelo humor e pela genialidade em nos mostrar a grandeza das coisas simples... sua poesia é doce, inspiradora, é um carinho pra alma nesses tempos difíceis. Pensei em escrever esse post e oferecer aos leitores como se fosse um abraço, por isso pedi a minha querida sobrinha/afilhada/designer Aline (instagram@ilustralika) que fizesse uma ilustração (no caso, arte digital) pra tornar tudo ainda mais bonito. Ah... a cultura é sempre tão reconfortante! Mas voltando ao poeta, escolhi três pitadas de beleza em forma de poema. Primeiro, o "Poeminha do contra", que sempre adorei por diversos motivos, inclusive, por me identificar muito com a mensagem e, segundo, porque gosto de admirá-lo de tempos em tempos... rsrsrs. Os outros dois me agradam por abordarem sonho e pausa, duas coisas que procuro cultivar como combustíveis pra continuar sempre caminhando ao vento... de cabeça erguida... com um sorriso no rosto! Viva a poesia brasileira! Salve Quintana! :)


Poeminha do contra

Todos esses que aí estão

Atravancando meu caminho,

Eles passarão...

Eu passarinho!


Do Sonho

Sonhar é acordar-se para dentro.


Pausa

Às vezes, nos dias calmos, apenas se nota uma leve ondulação na relva: são os cavalos do vento que estão pastando.

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Ilustração e inspiração

Outro dia, olhando as redes sociais... me deparei com esta ilustração em aquarela do meu querido amigo Gustavo Miranda! Uma paisagem de Paris, mais especificamente do bairro Montparnasse... fiquei encantada com a bicicleta ali encostada descansando... e a Tour Montparnasse ao fundo! A imagem me transmitiu tanta calma e me deu uma saudade da viagem que fiz, em dezembro de 2015, que resolvi escrever esse post não só pra aplaudir esse belo trabalho, como também pra lembrar um pouquinho da experiência de quatro dias que passei na Cidade Luz (na companhia da amiga/filhinha Melissa Lulio). A doce imagem me fez lembrar do clima de Paris... um clima de descoberta, um clima inspirador... andei pelas ruas admirando a arquitetura, a elegância das esquinas, o charme dos cafés, a água mineral em garrafa de vidro... rsrsrs... o croissant de chocolate de um trailer perto do Museu do Louvre, tão levinho, macio... os macarons deliciosos, que derretem na boca... adorei o de pistache! Sabores de Paris... ulalá! Outra coisa de que me lembro bem são as alegres lojinhas de flores... que delicadeza! Enfim, essa ilustração me fez tão bem que me deu vontade de sonhar em atravessar de novo o Atlântico pra descobrir outros sabores e cores do Velho Mundo! 



Ah! Só mais um detalhe incrível... quando perguntei pro Gu qual era o bairro retratado, fui olhar as fotos da minha viagem e achei essa... exatamente no cenário da ilustração... doce coincidência... quem sabe por quantas dessas bicicletas passei enquanto caminhava naquele início de inverno pelas ruas parisienses! :)

sábado, 24 de abril de 2021

É como eu sonhava...

Tim Maia! Ah... que falta faz sua voz, sua irreverência e suas canções dançantes, com arranjos impecáveis! Mas quero falar sobre seu lado romântico, também marcante e que embalou muitos sonhos por aí. "Você" (1970), regravada pelos Paralamas do Sucesso (1986), é uma das canções de sua autoria de que mais gosto. É de uma simplicidade e beleza arrebatadoras. Além disso, a gravação dele tem um diferencial adorável, a parte inicial em que ele declama... é um mestre, a voz grave e doce... pra depois explodir nos belos versos "você é mais do que sei, é mais que pensei..."... é encantador! Milhões de aplausos ao eterno Tim! Palmas para sua bela voz! Viva a música brasileira! :)

De repente a dor
De esperar terminou
E o amor veio enfim
Eu que sempre sonhei
Mas não acreditei
Muito em mim

Vi o tempo passar
O inverno chegar
Outra vez, mas desta vez
Todo pranto sumiu
Um encanto surgiu
Meu amor

Você
É mais do que sei
É mais que pensei
É mais que esperava, baby

Você
É algo assim
É tudo pra mim
É como eu sonhava, baby

Sou feliz agora
Não, não vá embora não
Não, não, não, não, não
Não, não vá embora
Vou morrer de saudade

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Água na boca...

"Mania de você" é uma das inúmeras belas parcerias de Rita Lee e Roberto de Carvalho! Sensual... provocativa... e com uma visão feminina sobre o sexo nada comum lá em 1979, a canção é um marco por quebrar tabus, em plena ditadura, e por consolidar a carreira da nossa Rainha do Rock. Como mulher, gosto muito da forma como ela narra a relação sexual, com uma leveza... um prazer... imaginar loucuras, vestir fantasias, tudo o que nós mulheres queremos. E depois essa coisa de "nada melhor do que não fazer nada, só pra deitar e rolar com você"... ah... como não adorar essa letra... e a melodia... essa balada sexy... é um deleite... melhor que ouvir, só... rsrsrs... Viva o rock! Viva o prazer! Viva o amor! :)

Meu bem, você me dá água na boca
Vestindo fantasias, tirando a roupa
Molhada de suor de tanto a gente se beijar
De tanto imaginar loucuras

A gente faz amor por telepatia
No chão, no mar, na Lua, na melodia
Mania de você
De tanto a gente se beijar
De tanto imaginar loucuras

Nada melhor do que não fazer nada
Só pra deitar e rolar com você

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Quando mergulhei no azul do mar...

Existem canções que ficam sempre ali guardadinhas pras horas em que precisamos de poesia, principalmente, nesses tempos de isolamento, "Todo azul do mar", de Flávio Venturini e Ronaldo Bastos, é uma delas! Olha que delicadeza cantar o momento em que nos vemos no olhar de alguém especial. Ah... mergulhar nesse mar! Canções como esta fazem bem pra alma... deixam o dia mais iluminado e mais fácil de enfrentar! Palmas para o compositor brasileiro! Viva a Cultura! :)

Foi assim, como ver o mar
A primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar
Não tive a intenção de me apaixonar
Mera distração e já era momento de se gostar

Quando eu dei por mim nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar
Quando eu mergulhei no azul do mar
Sabia que era amor e vinha pra ficar

Daria pra pintar todo azul do céu
Dava pra encher o universo da vida que eu quis pra mim

Tudo que eu fiz foi me confessar
Escravo do seu amor, livre pra amar
Quando eu mergulhei fundo nesse olhar
Fui dono do mar azul, de todo azul do mar

Foi assim, como ver o mar
Foi a primeira vez que eu vi o mar
Onda azul, todo azul do mar
Daria pra beber todo azul do mar
Foi quando mergulhei no azul do mar

quarta-feira, 21 de abril de 2021

A agulha do real nas mãos da fantasia...

Claro que o grande Gilberto Gil tem uma obra linda, mas eu, particularmente, considero "A Linha e o linho" a música mais linda das galáxias! Ah! A letra é uma poesia... desde a primeira vez que ouvi fiquei emocionada com a delicadeza... uma perfeição! A melodia também nos leva a sonhar... a imaginar esse doce bordado... os sentimentos loucos... as cores da alegria... Fico tão encantada que é até difícil escrever... Ah! Gil, você realmente é especial... um gênio da beleza! Aplausos ao compositor brasileiro! Viva a MPB! :)

É a sua vida que eu quero bordar na minha
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia a dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor

O zigue-zague do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa, da paixão

A sua vida o meu caminho, nosso amor
Você a linha e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado
A casa, a estrada, a correnteza
O Sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza

terça-feira, 20 de abril de 2021

Ser feliz...

Hoje, a escolhida é "Papel machê", de João Bosco e Capinam, outra parceria que emociona. Sempre gostei muito desta canção por vários motivos, em primeiro lugar, pela beleza da obra em si. Particularmente, adoro os versos "Vida é fazer todo sonho brilhar, ser feliz"... além de serem lindos, me fazem lembrar de meu saudoso irmão Geraldão, a quem uma vez presenteei com um cartão de aniversário, justamente, com esse trecho... ele se emocionou e eu também... pois é, música também é saudade, é conforto! Voltando à canção propriamente dita, sempre gostei muito da voz do João Bosco e adoro, no final, o seu "ai... ai... ai... ai... ai", é um charme! Ah... a letra é uma poesia, um deleite pra alma! Viva a cultura! Salve a música brasileira! :)

Cores do mar, festa do sol
Vida é fazer
Todo o sonho brilhar
Ser feliz
No teu colo dormir
E depois acordar
Sendo o seu colorido
Brinquedo de papel machê...

Dormir no teu colo
É tornar a nascer
Violeta e azul
Outro ser
Luz do querer...

Não vai desbotar
Lilás cor do mar
Seda cor de batom
Arco-íris crepom
Nada vai desbotar
Brinquedo de papel machê...

segunda-feira, 19 de abril de 2021

A distância não existe...

Resolvi que, nos próximos posts, vou falar um pouco de música! Escolhi algumas das que mais me emocionam desde sempre! Posso ouvi-las inúmeras vezes que sempre vou transbordar de amor! E pra começar, escolhi uma doce canção dos grandes e eternos Tom Jobim e Vinícius de Moraes... é uma poesia...
"Eu não existo sem você"
! Grandes nomes gravaram, como Maysa e Maria Bethânia, entre outros, mas, sinceramente, a que mais me emociona é a do irretocável e saudoso Agostinho dos Santos. Sua interpretação é de uma delicadeza! Além da voz marcante, o arranjo é muito doce... o coro dá o tom de conto de fadas, me lembra as animações clássicas da Disney, como Cinderela (minha preferida), até imagino passarinhos cantando junto... ah... adoro! E o que falar da letra? Encantadora... um conforto em tempos de isolamento! Música salva, nos faz sonhar! É inspiração! :)

Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo
Levará você de mim

Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste

Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar

Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer

Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você

sábado, 17 de abril de 2021

Uma doce contestadora!

Uma das inúmeras vezes que fui admirar as estantes de uma livraria, há alguns, sei lá quantos... rsrsrs... me deparei com o livro "Toda Mafalda", que reúne as tirinhas dessa menininha contestadora e defensora da liberdade, criada pelo cartunista argentino Quino! Não pensei duas vezes, comprei e fui pra casa correndo pra mergulhar na leitura! Da primeira à última tirinha, Mafalda desfila sua irreverência e seu olhar crítico e, ao mesmo tempo, sonhador. Li na sequência, claro que nem precisava, porque cada tirinha é uma história completa, mas quanto mais eu lia, mais vontade tinha de ler! É o melhor tipo de diversão, com todas as reflexões propostas, retratando o cenário da época, mas que continua sendo atual. Essa menina questionadora, de seis anos de idade, fala o que pensa sobre todas as coisas, surpreendendo os adultos... e, claro, mantendo sua rotina de criança, vai ao jardim de infância, brinca com os amigos e alopra o pai e a mãe o tempo todo... adoro... rsrsrs!

Ah! São tantas tirinhas maravilhosas que poderia ficar aqui horas escrevendo e listando várias, mas, particularmente, gosto muito das que mostram quando Mafalda e sua família passam as férias na praia, dei muitas risadas e, hoje, relendo algumas, ri de novo! As interações dela com o mar são hilárias. Mas uma das tirinhas que mais gosto é essa em que ela conversa com a mãe sobre o Sol, é demais! Genial! Mafaldinha foi e continua sendo uma voz necessária, principalmente em tempos tão rasos de ideias, violentos e pouco inteligentes como os que estamos enfrentando! Viva Mafalda! Viva Quino! Viva as HQs! :) 

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Revisitando contos de fadas!

Ah! Eu adoro os contos de fadas e suas inúmeras adaptações (conheço também os originais, bem mais tensos) e quando me falaram da série "Crônicas Lunares", de Marissa Meyer, fiquei muito animada! São quatro livros com adaptações inspiradas nos contos de fadas e temperadas com generosas pitadas de ficção científica. O primeiro é "Cinder", que como Cinderela, vive humilhada pela madrasta. Mas as semelhanças param por aí, Cinder é uma meio ciborgue, meio humana, que tem a capacidade de consertar robôs e os próprios membros cibernéticos quebrados, habilidade que chama a atenção do Príncipe Kai. O segundo livro é Scarlet (Chapeuzinho Vermelho), que investiga o paradeiro de sua avó desaparecida. Em meio às investigações, ela conhece Lobo, um lutador de rua que pode ter informações preciosas. Mas quando eles cruzam o caminho de Cinder, descobrem um enigma ainda maior... pois é, as histórias se entrelaçam!

No terceiro livro, a protagonista é Cress (Rapunzel), uma garota que vive aprisionada em um satélite desde criança e que, ironicamente, recebe ordens da perversa Levana, a Rainha Lunar, para rastrear Cinder e seu cúmplice, o capitão Thorne, que estão foragidos e envolvem Scarlet e Lobo em sua fuga. Juntos eles planejam derrubar a rainha Levana e seu exército. Quando tentam resgatar Cress, o plano dá errado e o grupo se separa, mesmo assim ela conquista sua liberdade, mas a um preço alto. No quarto livro, Winter (Branca de Neve) é uma princesa linda, admirada pelo povo de Luna por sua graça e bondade. E apesar das cicatrizes no rosto, sua beleza é considerada maior que a da madrasta, a rainha Levana, a quem ela despreza. Mesmo parecendo frágil, Winter, ao lado de Cinder e seus aliados, torna-se capaz até de iniciar uma revolução e vencer a guerra que se arrasta há anos. Enfim, a gente torce por elas a cada página e o melhor da série é que as histórias são interligadas de uma forma bem criativa e envolvente. Pra quem, como eu, gosta de romance e de ficção científica é um prato cheio! :)

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Tolkien: o senhor da literatura fantástica!

Um universo criado, em seus mínimos detalhes, pela admirável imaginação de J. R. R. Tolkien. Assim é "O Senhor dos Anéis". Li a saga - "A Sociedade do Anel", "As duas torres" e "O retorno do rei" - em exemplar único, um tijolão emprestado pelo meu sobrinho Vinícius. O que impressiona na narrativa é a riqueza de detalhes e a profundidade dos personagens e tudo ao redor. A história gira em torna de Frodo, um hobbit encarregado de destruir o Anel do Poder antes que ele volte às mãos de seu criador Sauron, o Senhor Sombrio. Para acompanhá-lo na perigosa tarefa, Frodo conta com os amigos Sam, Merry e Pippin. Particularmente, adoro narrativas descritivas e isso Tolkien sabe fazer como ninguém... inclusive, detalhando a geografia da Terra Média, é um mergulho, dá até pra visualizar as paisagens. A leitura, assim como a caminhada de Frodo e seus amigos, pode ser longa, mas é muito instigante e imperdível pra quem gosta de literatura fantástica. Ah! Tenho que dizer que meu personagem preferido é o divertido, leal e corajoso Sam... adoro! :)

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Grande hobbit!

Tenho que confessar que demorei para ler "O Hobbit", de J. R. R. Tolkien, mas se eu soubesse que ia se tornar um de meus livros de fantasia preferidos eu tinha lido antes! Adoro o hobbit Bilbo Bolseiro e sua pacata e agradável vida, no Condado. Ah! Sua toca com aquela adorável porta redonda pintada de verde, cadeiras de madeira polida... que conforto! E o mais gostoso... a hora do chá com seus bolos quentinhos, saídos do forno... ô vida boa! Adorei tanto e devo ter me identificado com ele, porque adoro estar em casa, lendo um bom livro e tomando um chá com bolo... rsrsrs... Mas voltando ao que interessa... essa vida tranquila muda, completamente, quando o Mago Gandalf e treze anões convencem Bilbo a acompanhá-los numa grande aventura, rumo à Montanha Solitária, para recuperar um tesouro roubado pelo dragão Smaug. A partir daí, só lendo mesmo pra viajar pela encantadora obra criada por Tolkien. É maravilhoso como ele constrói mundos e personagens cheios de nuances, é realmente um dos grandes nomes, talvez o mais importante autor de literatura fantástica. Só por ter criado o Bilbo, sua toca e seu mundo já merece todo meu aplauso e respeito! :)

terça-feira, 13 de abril de 2021

Aventuras em Nárnia

Fantasia também é um daqueles gêneros que eu gosto e, às vezes, engato um livro atrás do outro... tenho fases... rsrsrs... em ´próximos posts vou falar de outro títulos que adorei também. "As Crônicas de Nárnia", que reúne sete livros do irlandês de C. S. Lewis, é um dos que prendem a atenção e nos fazem mergulhar na leitura sem hora pra parar. O clássico conta a história de quatro irmãos, que durante os ataques à Londres, na Segunda Guerra Mundial, são enviados para a casa de campo de um antigo professor, onde devem ficar em segurança. Lucy, Peter, Edmund e Susan, como qualquer criança, tentam se divertir, mas um dia, brincando de esconde-esconde, Lucy entra em um guarda-roupa que a transporta para um mundo mágico chamado Nárnia. A menina volta e em seguida os quatro irmãos embarcam na aventura, onde animais falam e seguem o líder Aslam, o Grande Leão. Enfim, os irmãos vivem inúmeras aventuras e enfrentam todo tipo de desafio no universo criado por C. S. Lewis. Ah! Gostei... inclusive, nesses tempos difíceis em que vivemos, é comum encontrar posts nas redes sociais das pessoas querendo fugir pra Nárnia... nem que seja pelas páginas do livro... :)

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Belas HQs!

Eu sempre gostei de histórias em quadrinhos, o mundo do desenho é  inspirador! Mas, hoje, quero falar do ilustrador Hiro Kawahara. Conheci seu trabalho, quando vi minha sobrinha (que foi aluna dele) comentando um post sobre a HQ "O Bestiário Particular de Parzifal". Adorei o estilo e passei a acompanhá-lo na rede social e depois tive o prazer de conhecê-lo e de comprar um exemplar numa tarde de autógrafos. A história é sobre Parzifal, uma menina que cresce no meio da floresta, na companhia de seus amigos imaginários. Solidão, amizade e os medos que envolvem a caminhada à fase adulta são retratados nos traços coloridos e delicados de Hiro. Pois é, fiquei tão animada, que participei do financiamento coletivo de sua outra HQ, "Astolat - O mundo particular de Elaine e Parzifal", que conta a história de Elaine que foge grávida para a floresta para tentar escapar de uma terrível profecia. Novamente, a ilustração sutil e admirável dá charme à narrativa. Enfim, são duas HQs primorosas!

Ah! Tenho que dizer que quando descobri que ele era o autor das ilustrações das bandejas do McDonald's, eu me animei ainda mais, até porque as ilustrações sempre foram o melhor da bendita lanchonete... tudo bem, as batatas fritas são legais e só... rsrsrs... Voltando às ilustrações, muitas vezes, tive vontade de levar pra casa, mas quando via já tava tudo manchado de mostarda e ketchup. Mas nunca fui muito fã de fast food, prefiro refeições mais nutritivas, sou mais dos legumes, verduras e frutas! Mas se a bandeja voltasse a ter os desenhos do Hiro, certamente, estaria lá pedindo uma batata frita só pra pegar a ilustração... rsrsrs... :)

sábado, 10 de abril de 2021

Livraria é sempre um tema interessante!

Ainda falando de romances, mas agora atuais, a série "A Pequena Livraria dos Corações Solitários", de Annie Darling, é muito bonitinha. O que mais me interessou foi o fato das histórias se passarem em uma livraria especializada em romances, chamada Felizes para Sempre! Enfim, pra quem, como eu, adora uma boa livraria, nem que seja só pra ficar admirando as prateleiras, é um tema que chama muito a atenção. O primeiro livro é protagonizada por Posy, que recebe de herança a Livraria Bookends. Além de cuidar do irmão mais novo, Sam, ela tem a responsabilidade de garantir o emprego dos três funcionários da antiga livraria, Verity, Nina e Tom. Mas quando ela propõe a mudança do nome e a ideia de ser especializada em romances, Sebastian, neto de Lavínia, antiga dona da livraria, não gosta muito da ideia e propõe que seja especializada em literatura policial. E aí começam as discussões e a história dos dois. Em "Amor verdadeiro na livraria dos corações solitários", a introvertida Verity, fã de Jane Austen, vive satisfeita com seu namorado fictício Peter Hardy, mas tudo muda quando conhece Johnny. No terceiro livro, "Loucamente apaixonada na livraria dos corações solitários", o destaque é para Nina, que adora bad boys, e Noah, o novo analista de negócios da livraria, um nerd, que em nada se encaixa com os gostos da menina tatuada e de cabelo cor-de-rosa. Fechando a série, "Um beijo de inverno na livraria dos corações solitários" traz Mattie, a confeiteira que assume o salão de chá da livraria e vive se estranhando com Tom. Até que os dois encrenqueiros assumem os preparativos para o Natal e  descobrem ter várias coisas em comum como, por exemplo, odiar as festas natalinas. Enfim, é uma leitura leve e que me cativou, principalmente, pela simpática livraria, encantadora como só as livrarias de rua sabem ser. Ah! Gostei... a narrativa é divertida, é uma boa maneira de escapar da tensão que temos enfrentado! :)  

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Para minha mãe

Quando criei este blog, minha saudosa mãe estava comigo... hoje, o dia é de muita saudade e doces lembranças... é seu aniversário! Falar dela é sempre reconfortante e inspirador. Como disse no post sobre meu pai, minha mãe sempre me  incentivou a ler e até a criar esse blog. Sempre me apoiava e acompanhava minha carreira lendo minhas matérias no jornal, sua empolgação me inspirava e me fazia ter mais vontade de escrever. Ah! Leitura era com ela mesma, adorava ler livros, jornais, revistas e estava sempre fazendo palavras cruzadas. Lembro de uma vez que fui cobrir o lançamento de vários títulos da Coleção Aplauso, que resgata a memória da cultura nacional, com biografias de artistas do cinema, música, teatro e televisão, e consegui o autógrafo da Lolita Rodrigues. Ela adorou e, inclusive, leu vários títulos da coleção, entre eles, a biografia da Etty Fraser e ficou encantada com a vida da atriz, que já admirava. Outra coisa que minha mãe gostava muito era de música, de todos os tipos, mas tenho uma lembrança específica, alguns meses antes dela partir. Ela me pediu o CD "O que você quer saber de verdade", da Marisa Monte. Ouvindo "Ainda bem", composição da própria Marisa e de Arnaldo Antunes, ela me perguntou de quem era e depois disse: "nossa, como eles falam bonito, esses dois deviam estar apaixonados quando fizeram essa música". Ah... que amor, é tão bom quando temos pessoas sensíveis nos cuidando, nos incentivando, nos fazendo crescer! Quando fico meio triste, logo lembro dela me dizendo: nada de choro, você nasceu pra ser feliz! Levanto a cabeça, abro um sorriso e vamoquevamo! :) 

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Mais romance...

Voltando aos e-books, ainda na toada dos romances de época, hoje, quero falar sobre Julia Quinn, autora de "Os Bridgertons", série de livros que está sendo adaptada pela Netflix. Só que agora meu assunto é o box "Os Rokesbys - a origem dos Bridgertons", que reúne histórias que acontecem cerca de 30 anos antes da série famosa. A forte ligação entre as duas famílias dá o tom. No primeiro livro, "Uma dama fora dos padrões", a protagonista é Sybilla Bridgerton (irmã de Edmund,  pai dos oito irmãos famosos). Amiga de infância dos irmãos Edward e Andrew Rokesby, Billie acaba se envolvendo com o mais velho, George, com quem nem tinha muita afinidade. "Um marido de faz de conta" mostra o encontro de Edward Rokesby e Cecilia Harcourt, durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos. "Um cavalheiro a bordo" enfoca a independente Poppy Bridgerton e o capitão Andrew James Rokesby, que trabalha para a Coroa. E "Uma noiva rebelde" conta a história de Georgiana Bridgerton e do caçula Nicholas Rokesby. Enfim, não vou ficar aqui contando os detalhes... rsrsrs... mas posso dizer que gostei, principalmente, porque em tempos tão difíceis, mergulhar em histórias leves, divertidas e românticas é uma boa forma de relaxar e passar algumas horas viajando em outros tempos. :)

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Para meu pai

Hoje, é dia de doces lembranças... aniversário de meu saudoso pai! Esta semana,  eu estava lembrando que meu pai e minha mãe gostavam muito de ler... e  nos incentivaram desde sempre. Ah... na infância nossa casa era repleta de livros por todos os lados e de todos os tipos. Mas quero falar de um que me lembra meu pai: as enciclopédias. Ele gostava de comprar fascículos, vendidos no jornaleiro, para montar enciclopédias de conhecimentos gerais, cultura, sobre animais... a gente adorava folhear e descobrir o mundo animal... aprendi, por exemplo, sobre o vombate, um tipo de ursinho (bonitinho, mas arisco... rsrsrs), tínhamos atlas também, sempre gostei de olhar os mapas dos países mundo afora. A enciclopédia "Ler e saber", então, era o máximo, páginas cheias de aventura! Pois é, tivemos a doce oportunidade de crescer em meio a muitos livros! Por isso, até nas férias de julho, como não tínhamos grana pra passear por aí, eu viajava na literatura. Até hoje adoro ler pra relaxar... pra sonhar! Por influência também da minha mãe, tornei-me uma leitora voraz (e me arrisco como escritora), mas dela vou falar nos próximos posts. Agradeço muito por ter tido pai e mãe inteligentes, que valorizavam o conhecimento, a cultura, as artes, enfim. Esta é uma simples homenagem ao meu pai, com quem briguei, gargalhei e até chorei... Ah... tenho saudades também de quando ele voltava de viagem com uma caixinha de marzipãs em formato de frutinhas, maçã, pera, uva... meu docinho preferido... lembrar é bom, nos ensina e nos inspira... sempre! :)

terça-feira, 6 de abril de 2021

Doces clássicos!

Ah! Resolvi dar uma paradinha nos posts sobre minhas leituras de e-books, para falar um pouquinho sobre um livro, lançado exatamente dia 6 de abril, mas há 78 anos, e que continua conquistando gerações: "O Pequeno Príncipe", do francês Antoine de Saint-Exupéry. Claro que muito já foi dito sobre esta obra, mas o que quero registrar é que meu trecho preferido é aquele em que a raposa fala para o principezinho: "Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz! Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!" Sempre achei linda essa mensagem e tudo que representa pra mim... é engraçado que quando leio, sempre lembro de um trecho de uma linda canção, um clássico da MPB ("Por causa de você", de Dolores Duran e Tom Jobim), que me encanta desde sempre e diz assim:
"Entre meu, por favor
Não deixe o mundo mau lhe levar outra vez
Me abrace, simplesmente
Não fale, não lembre
Não chore, meu bem..."
Pois é, adoro entrelaçar as sensações que livros e músicas e filmes me provocam... sutilezas me inspiram! :)

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Aula de História e de escrita!

Desde o dia em que me indicaram a Trilogia "O Século", fiquei com uma vontade enorme de ler, mas, na época, achei os livros caros e sempre soube que não ia querer comprar só o primeiro. Quando, no ano passado, comprei o Kindle, comecei a torcer por uma promoção dos e-books. De repente, um dia entrei no site só pra dar uma olhada e baixar alguns títulos na faixa e vi o box da trilogia de Ken Follett com um preço muito bom... nem pisquei, quando vi, já estava na minha biblioteca! Uau! Desde as primeiras páginas de "Queda de Gigantes" me encantei com a habilidade do autor em criar personagens fortes, bem construídos e entrelaçar suas histórias com personagens reais. É uma aula de História a partir da visão de pessoas comuns que lutaram na Primeira Guerra Mundial, ajudaram a fazer a Revolução Russa e tornaram o voto feminino uma realidade. Em "Inverno do Mundo", o foco é a Segunda Guerra Mundial e o despertar da era nuclear e conta com a nova geração das mesmas cinco famílias do primeiro livro: americana, alemã, russa, inglesa e galesa. Personagens que enfrentam a ascensão do Terceiro Reich, a Guerra Civil Espanhola e a explosão das bombas nucleares. E, novamente,  Follett dá um banho ao nos apresentar vários personagens complexos com uma maestria que a leitura fica cada vez mais envolvente e a gente nem pensa em parar de ler! No terceiro livro, "Eternidade por um fio", ele mantém o mesmo ritmo, mais uma vez com a nova geração de personagens vivendo dramas familiares, conflitos e intrigas internacionais, desta vez, numa época de turbulência social, política e econômica, entre as décadas de 1960 e 1980, com o Muro de Berlim, movimentos populares, escândalos presidenciais e pitadas de rock'n'roll. Enfim, é uma obra que mistura romance, drama, aventura, é um mergulho na história do Século XX. Pra quem gosta de texto denso e, ao mesmo tempo, fluido e envolvente esta trilogia é uma ótima pedida! :)

domingo, 4 de abril de 2021

Romances, aventuras e belas paisagens


Depois de ler Jane Austen, como disse em postagem anterior, passei a procurar outras autoras do gênero e acabei entrando numa fase romances de época. Fui engatando um no outro. Entre eles, destaco a série Os Murrays, de Hannah Howell: "O destino das Terras Altas", "A Honra das Terras Altas" e "A Promessa das Terras Altas". Ambientada na Escócia medieval, a saga envolve guerra entre clãs, drama e amor. Cada livro enfoca um dos irmãos Murray que, em meio às batalhas e muita ação, encontra o amor. O primeiro livro mostra o encontro entre o guerreiro Balfour e Maldie, uma mulher de personalidade forte e à frente de seu tempo. Amor à primeira vista com pitadas de humor e aventura. O segundo volume começa na França e tem como protagonistas Nigel e Gisele (Ah! imagina se não foi isso que me despertou curiosidade por esse livro? ahahaha...). Ele é um corajoso cavaleiro e ela uma misteriosa desconhecida que se disfarça de homem para fugir de uma acusação injusta. O casal tenta driblar traumas do passado pra viver uma história de amor. E o terceiro livro conta a história de Eric, cavaleiro que decide reivindicar as terras e a fortuna que são suas por direito e, no caminho, encontra Bethia, uma jovem em fuga com um bebê. Ele promete protegê-los, enfim, novas aventuras e amor. Para quem está, em meio à pandemia, querendo relaxar e sonhar com belas paisagens e personagens simpáticos e cativantes, vale a pena! :) 


Já a série "Os Hathaways", de Lisa Kleypas, conta a história de cinco irmãos, que depois da morte dos pais, sentem-se perdidos. Pra complicar, o irmão herda o título de visconde e uma propriedade caindo aos pedaços. Enfim, vivem vários dramas, além do fato de serem considerados excêntricos pela sociedade londrina, o que torna tudo mais difícil. Cada livro enfoca um dos irmãos: Leo, Amélia, Winifred, Poppy e Beatrix, suas aventuras, dramas e a descoberta do amor. O mais interessante é que eles são realmente uma família fora dos padrões e isso dá um tempero especial aos romances. A narrativa é divertida, romântica e bastante sensual... ui... rsrsrs... :)

sábado, 3 de abril de 2021

Contos são necessários!

Uma coisa que gosto de fazer é intercalar a leitura de romances com a de contos. Isso dá uma equilibrada no ritmo, inspira e aguça a criatividade! Quando comecei a aderir aos e-books, há quase um ano, motivada pelo isolamento imposto pela pandemia, baixei "Todos os contos", de Machado de Assis... ah... o autor dispensa maiores comentários, além de ser considerado o maior escritor brasileiro, autor de clássicos necessários em qualquer tempo, como "Memórias Póstumas de Brás Cubas", "O Alienista", "Dom Casmurro", "Helena", "Quincas Borba", entre outros; com seus contos, inicialmente publicados em jornais, mostra-se um documentarista de sua época, sempre lançando mão de ironia, senso de humor e crítica social, sua obra permanece atual e absolutamente necessária à quem preza a literatura em seus variados gêneros literários. Por isso, pra mim, como leitora, intercalar romances com contos é um respiro altamente recomendável. E ler os contos de Machado são uma aula para a humilde escritora aqui. Mas falando em contos, além dos clássicos, gosto de me aventurar pelos meus contemporâneos, como a escritora Isa Prospero. Seu conto "A Feiticeira de São Judas Tadeu dos Milagres" é muito divertido e conta a história de uma senhora, que aos 83 anos, descobre que é bruxa! A história é leve, os personagens são bem construídos e, acima de tudo, gostei muito do fato da protagonista ser uma senhorinha... magia e bom humor são sempre bem-vindos! Gosto de contos por serem assim, breves, mas marcantes. E viva a Literatura Brasileira! :)  

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Mergulho nos romances de Jane Austen!

Uma escritora que me conquistou, depois do advento do e-reader em minha vida, foi Jane Austen! Confesso que há alguns anos tentei ler um de seus principais livros, mas na época não passei das primeiras páginas, nem sei direito o por quê. Enfim, com o Kindle, li de uma tacada só um box, que inclui "Orgulho e Preconceito", "Razão e Sensibilidade" e "Emma". Depois li "Persuasão", "A Abadia de Northanger", "Mansfield Park" e Lady Susan/Os Watson/Sanditon", ou seja, mergulhei na obra da autora inglesa, que pra quem gosta do chamado romance de época, é imprescindível! A leitura é bastante fluida, a ironia e a crítica à sociedade inglesa do século 19 dão um tempero especial à obra. Gostei tanto do universo criado pela dama dos romances de época que até fui pesquisar outras autoras do gênero, mas isso é assunto para próximas postagens... :)

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Conquistada pelos e-books

O isolamento social por conta da pandemia trouxe mudanças nas relações pessoais e profissionais, mas também impactou nossa rotina nas coisas mais simples. E derrubou tabus... como o meu de só ler livros físicos. Quando alguém falava sobre e-books, eu logo desconsiderava qualquer possibilidade, meu negócio era virar páginas de papel e sentir o peso do exemplar nas mãos. Mas quando terminei de ler pela segunda vez o clássico Dom Quixote (como contei na postagem anterior), fiquei alguns dias sem ler, percebi que a quarentena seria ainda mais complicada sem minhas leituras diárias. E um dia em uma rede social, nem lembro qual delas, vi várias promoções de e-books e alguém falando de como eram práticos e etc. e, de repente, quando me dei conta, estava pesquisando preços de e-readers. Pra influenciar ainda mais minha decisão, perguntei à minha sobrinha se valia a pena, ingenuidade, ela é uma leitora assídua de e-books... e me deixou ainda mais animada com a possibilidade de adquirir vários títulos em um momento em que não havia como ter o grande prazer de visitar as livrarias. Resumindo, em junho de 2020, comprei um Kindle. No início, confesso que achei meio estranho, mas logo o aparelhinho me conquistou... e, então, resolvi baixar títulos clássicos que ainda não tinha lido... entre eles, "Viagem ao centro da Terra", "Da Terra à Lua", "Cinco semanas em um balão", de Júlio Verne. Ah! Foi uma delícia viajar nessas aventuras, cheguei até a esquecer que o mundo lá fora estava (e continua) tão difícil! Enfim, perdi o preconceito com relação aos e-books... Meu Kindle é meu companheirão há quase um ano. Sei que muitos vão dizer que estou blasfemando quando elogio uma maquininha, mas fiquem tranquilos, continuo amando os livros físicos e, certamente, quando essa pandemia passar, continuarei indo às livrarias e comprando exemplares de papel. Mas, por enquanto, estou adorando os e-books e nas próximas postagens vou continuar contando sobre minhas e-leituras... rsrsrs... :)

quarta-feira, 31 de março de 2021

Dom Quixote salva!

Recapitulando 2020... comecei o ano, como sempre, lendo livros físicos, indo às livrarias pra escolher os próximos títulos da minha lista... mas eis que chegou a pandemia e tudo ficou mais complicado. Naqueles primeiros momentos, a vida se resumia a ficar em casa tentando entender o que estava acontecendo. Aos poucos, precisamos nos adaptar à nova rotina e quando terminei minha leitura, percebi que não tinha mais nenhum livro para seguir na quarentena. Procurei nas estantes, remexendo todos os exemplares que encontrava e quando parei em frente à caixinha que acomoda os dois volumes de Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, abri um sorriso! Ah! Claro, vou reler essa obra maravilhosa, divertida e emocionante. Escolhi Dom Quixote e Sancho Pança pra me fazerem companhia... e, então, li pela segunda vez esse grande clássico! A experiência foi reconfortante como quando você visita algum lugar que já conhece, é bem recebido, começa a lembrar de detalhes e fica rindo e se emocionando mais uma vez. Foi uma alegria em meio à solidão imposta pelo isolamento social. Adorei e sei que eles são personagens que estarão ali sempre prontos pra uma nova leitura!

Obs.: O trecho grifado na foto é um dos momentos doces dessa obra... :) 

terça-feira, 30 de março de 2021

Coisas da quarentena

Aqui estou eu, mais uma vez, tentando voltar a postar diariamente em meu doce blog... 

Quando a pandemia trouxe o isolamento, há mais de um ano, eu pensei que uma boa ideia seria tentar escrever um diário em papel mesmo, só pra desanuviar. Comecei, mas não consegui desenvolver. O diário ficou lá, em cima da mesa me olhando apreensivo e talvez se perguntando: "Será que ela vai escrever nas minhas páginas?" Não, até tentei algumas vezes, mas ficou tudo tão sei lá que outro dia arranquei as poucas páginas escritas e guardei em respeito à tentativa. O caderno, que imaginou ser um diário, continua lá no cantinho da mesa, esperando, quem sabe, que a inspiração me leve a preencher suas páginas com reflexões, desabafos, histórias divertidas...

Espero ao menos voltar a escrever por aqui mesmo... sobre as leituras que tenho feito. Afinal, ler é uma de minhas formas de relaxar e viajar por aí, mesmo estando isolada do mundo, em meu mundo particular... :)