Quando vi pela primeira vez essa obra em uma livraria fiquei muito curiosa... por dois motivos: admiro José Saramago e adoro elefantes! Naquela primeira vez fiquei só na vontade, mas no meio do feriado da semana passada, deu vontade de ler alguma coisa que me transportasse um pouco para longe, principalmente, dos meus pensamentos... Resolvi buscar na internet alguma opção de leitura e, depois de uma pesquisada rápida, eis que surge "A Viagem do Elefante"... Ah! Agora vai! Li em cinco dias (poderia ter lido em menos tempo, mas confesso que prolonguei a leitura porque a viagem com Saramago é muito agradável!). Brincadeiras à parte, o autor me conquista mais e mais a cada leitura... sua narrativa crítica, irônica e salpicada de reflexões sobre a natureza humana é absolutamente envolvente. Saramago sabe se comunicar com seu leitor de maneira direta e muito divertida. Um mestre que sempre emociona a escritora aqui! Claro que não quero ficar contando a história, mas esse trecho é uma bela pitada do que Saramago nos oferece:
"... As pessoas estão muito enganadas a respeito dos elefantes. Imaginam que eles se divertem quando são obrigados a equilibrar-se sobre uma pesada esfera metálica, numa reduzida superfície curva, em que as patas mal conseguem encontrar apoio. O que nos vale é o feitio dos elefantes, especialmente dos oriundos da Índia. Pensam eles que é preciso ter muita paciência para aturar os seres humanos, inclusive quando nós os perseguimos e os matamos para lhes serrarmos ou arrancarmos os dentes por causa do marfim. Entre os elefantes recordam-se com frequência as famosas palavras pronunciadas por um dos seus profetas, aquelas que dizem, Perdoai-lhes, senhor, porque eles não sabem o que fazem".
quarta-feira, 6 de junho de 2018
terça-feira, 5 de junho de 2018
Escrever...
Hoje, fiquei com vontade de falar um pouco sobre a satisfação de escrever. Ah! Escrever um livro é absolutamente gratificante, desafiador e, pra mim, uma necessidade! Adoro o momento em que crio um personagem e acompanho sua evolução a cada página. Conforme a história vai ganhando vida, minha intimidade com os personagens aumenta e, inclusive, chegamos a discutir sobre a melhor forma de contar determinado trecho da história. É uma doideira... saudável, mas uma doideira... ahahaha. Por isso, considero meus livros verdadeiros filhos! Nossa relação é muito família... tem bate-boca, gritaria, mas o que mais tem é amor! Encaro o ato de escrever como missão... quando uma história quer ser contada e se apresenta a mim aceito na hora. É uma delícia! Faço pesquisas, fico horas em frente ao computador e só descanso quando vejo tudo concretizado. Assim que começo a escrever um novo livro, mantenho os primeiros pertinho de mim, porque são companhia, inspiração e força pra eu continuar trilhando esse florido e pedregoso caminho da literatura!
Pra conhecer meus livros/filhos, visite as páginas no Facebook: #procurandosophia e #infanciaorecreiodavida
Pra adquiri-los, acesse https://livros-gidonato.lojaintegrada.com.br/
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sábado, 2 de junho de 2018
Leitura mais do que divertida!
Recentemente, a notícia da morte do escritor norte-americano Philip Roth me deixou curiosa para conhecer sua obra. Confesso que não tinha lido nada dele anteriormente, mas quando li a sinopse de O Complexo de Portnoy, resolvi arriscar! E foi uma muito grata surpresa! Caramba, me diverti como há tempos não me divertia com um texto (a não ser quando escrevo meus livros... rsrsrs).
A leitura é fluida e absolutamente envolvente... adorei! Dei várias risadas e muitas gargalhadas lendo esse autor. Aliás, depois de ler os cinco livros de As Crônicas de Gelo e Fogo, precisava de alguma coisa menos pesadinha... rsrsrs. Ufa... acertei quando escolhi Roth! Seu texto é muito divertido mesmo... só faço uma ressalva, se você não gosta da temática sexo ou de palavrões nem tente. Eu adoro... ahahaha... até porque sexo devia ser encarado com naturalidade e ser mais bem elaborado na cabeça levemente tosca das pessoas. Quanto a palavrões? Quem me conhece sabe como adoro fazer uso deles em todos os momentos, não só nos de irritação, quando um putaquepariu é libertador, mas também quando estou animada com alguma coisa, coisa esta que defino como sendo legal pra caralho... ahahaha! Roth me conquistou. O personagem principal, Alexander Portnoy é ao mesmo tempo espirituoso e descarado... adorei seus pais também, que protagonizam cenas hilárias. Enfim, literatura de qualidade e diversão certa para cabeças abertas e pensantes! ;)
A leitura é fluida e absolutamente envolvente... adorei! Dei várias risadas e muitas gargalhadas lendo esse autor. Aliás, depois de ler os cinco livros de As Crônicas de Gelo e Fogo, precisava de alguma coisa menos pesadinha... rsrsrs. Ufa... acertei quando escolhi Roth! Seu texto é muito divertido mesmo... só faço uma ressalva, se você não gosta da temática sexo ou de palavrões nem tente. Eu adoro... ahahaha... até porque sexo devia ser encarado com naturalidade e ser mais bem elaborado na cabeça levemente tosca das pessoas. Quanto a palavrões? Quem me conhece sabe como adoro fazer uso deles em todos os momentos, não só nos de irritação, quando um putaquepariu é libertador, mas também quando estou animada com alguma coisa, coisa esta que defino como sendo legal pra caralho... ahahaha! Roth me conquistou. O personagem principal, Alexander Portnoy é ao mesmo tempo espirituoso e descarado... adorei seus pais também, que protagonizam cenas hilárias. Enfim, literatura de qualidade e diversão certa para cabeças abertas e pensantes! ;)
sexta-feira, 25 de maio de 2018
Saudade em gotas...
A chuva caía torrencialmente, inundando ruas, transbordando rios, invadindo casas. Mas nada desviava sua atenção das gotinhas na janela. De vez em quando, a televisão gritava nas entradas ao vivo sobre o caos em que a cidade se transformou em poucos minutos. De repente, um trovão fez tremer não só as gotas na janela, como a casa inteira. Nesse momento, o fornecimento de luz foi interrompido. A gritaria na rua e nas casas sem iluminação retumbava aos quatro cantos. Mesmo assim, havia luz suficiente para que ele ainda enxergasse o interminável escorrer das gotinhas.
Passados longos minutos, a luz voltou... nova gritaria se fez ouvir na ruas e casas ao redor. Ele continuava ali, imóvel... a chuva lentamente diminuiu. E uma voz doce e familiar finalmente tirou sua atenção da janela.
- Vamos logo! Mamãe disse que é pra gente aproveitar que a chuva parou.
Ele deu um sorriso e abriu os braços para o menino.
- O que foi? Você tá triste, papai?
- Tô com saudades...
- Saudades do quê?
- Do vovô... ele que me ensinou a ver a corrida das gotinhas de chuva na janela, filho!
- As gotinhas! Cadê? Me ensina, papai!
A mãe aparece na porta da sala a tempo de escutar a conversa.
- Na próxima chuva, filho! Estamos atrasados... sua avó nos espera para o lanche!
- Mamãe, a vovó sabe ensinar sobre as gotinhas de chuva?
- Acho que sim! Quando chegar lá, pergunte a ela!
Enquanto o menino corre animado em direção ao carro, o pai não consegue esconder as lágrimas que inundam seu rosto. Ela o abraça e os dois saem em silêncio. No céu, o sol volta a brilhar. Na janela, num esforço imenso, uma gotinha luta para não escorregar sozinha pelo vidro... :)
quarta-feira, 23 de maio de 2018
Adoro uma fantasia...
Sempre tive curiosidade com relação à Game of Thrones! Este ano, disse a minha mesma: vamos assistir essa bagaça toda de uma vez, como diria minha avó, pra ver que apito toca... ahahaha! E em janeiro, assisti às sete temporadas, durante 15 dias. Fiquei encantada... adorei... claro que tenho meus personagens preferidos na telinha, mas fiquei com uma vontade enorme de conhecer a obra original que gerou aquilo tudo!
Terminada a maratona, mergulhei nas páginas de George R.R. Martin... e passei três meses lendo As Crônicas de Gelo e Fogo. Nesse domingo, finalmente, conclui o livro cinco e agora posso comentar um pouco. Em primeiro lugar, preciso dizer que uma das coisas que mais me encantou durante a leitura foi o fato do autor gostar de descrever tudo nos mínimos detalhes. As histórias ricas em detalhes sempre me inspiram! Tudo bem que de vez em quando é tanto detalhe de cenários, roupas e sentimentos envolvidos que a gente quase se perde... ahahaha... brincadeira! Sinceramente, gosto da forma como ele cria mundos e vidas e tramas! E já estou me posicionando na fila do gargarejo aguardando o sexto livro. Tomara que ele publique logo... Vai, Martin!
Fico curiosa demais não só com o livro que virá, mas também com os próximos episódios da oitava temporada. Quem leu e assistiu sabe do que estou falando. Em alguns aspectos, a história trilhou caminhos bastante distintos nas páginas e na telinha. Alguns dizem que o sexto volume seguirá o enredo desenvolvido em GoT, mas não acho isso plausível, até porque existem no livro personagens que não aparecem e tramas que não são desenvolvidas na série. Por isso, minha curiosidade grita pensando no desfecho de ambos!
Agora, resta esperar! Mas pensando bem, pra ficar mais à vontade e fazer comentários mais profundos, depois de ter lido os cinco livros, acho uma boa rever as sete temporadas... afinal, winter is coming... rsrsrs... :)
Terminada a maratona, mergulhei nas páginas de George R.R. Martin... e passei três meses lendo As Crônicas de Gelo e Fogo. Nesse domingo, finalmente, conclui o livro cinco e agora posso comentar um pouco. Em primeiro lugar, preciso dizer que uma das coisas que mais me encantou durante a leitura foi o fato do autor gostar de descrever tudo nos mínimos detalhes. As histórias ricas em detalhes sempre me inspiram! Tudo bem que de vez em quando é tanto detalhe de cenários, roupas e sentimentos envolvidos que a gente quase se perde... ahahaha... brincadeira! Sinceramente, gosto da forma como ele cria mundos e vidas e tramas! E já estou me posicionando na fila do gargarejo aguardando o sexto livro. Tomara que ele publique logo... Vai, Martin!
Fico curiosa demais não só com o livro que virá, mas também com os próximos episódios da oitava temporada. Quem leu e assistiu sabe do que estou falando. Em alguns aspectos, a história trilhou caminhos bastante distintos nas páginas e na telinha. Alguns dizem que o sexto volume seguirá o enredo desenvolvido em GoT, mas não acho isso plausível, até porque existem no livro personagens que não aparecem e tramas que não são desenvolvidas na série. Por isso, minha curiosidade grita pensando no desfecho de ambos!
Agora, resta esperar! Mas pensando bem, pra ficar mais à vontade e fazer comentários mais profundos, depois de ter lido os cinco livros, acho uma boa rever as sete temporadas... afinal, winter is coming... rsrsrs... :)
segunda-feira, 21 de maio de 2018
Batalha de pensamentos
Sempre quero escrever, mas tem hora que as ideias não
viram parágrafos. Não consigo me concentrar nas histórias que quero contar,
porque meus pensamentos mais íntimos estão agitados. Quando isso acontece, a
escritora precisa esperar a mulher refletir sobre sua própria história, acalmar
as tempestades internas e, então, voltar a se conectar com seus personagens.
Deve ser a tarde fria e preguiçosa que me deixa assim
reflexiva... ensimesmada... quietinha. Mas escrever me salva, seja teclando no
computador ou preenchendo com caneta as páginas de meu caderno. O importante é relaxar
e deixar que meus personagens vençam essa batalha de pensamentos e ganhem vida
na tela ou no papel... :)sexta-feira, 18 de maio de 2018
“Feliz aqui e não além...”
A sexta-feira sempre vem acompanhada por uma pitada de
alegria, não importa se virá frente fria, é hora de pensar em descanso e em
diversão. E o brinde é aquela sensação de estar bem longe das responsabilidades
dos chamados dias úteis.
Sempre achei horrível essa expressão dia útil. Parece
que só se pode ser feliz no fim de semana e que nos outros dias a vida tem de
ser só obrigação. Como se tivesse dia certo para ser feliz, para ter momentos
agradáveis, para viver plenamente! Para com isso! A vida deve ser intensa em cada
segundo. Claro que todos temos dias difíceis, mas é que no frigir dos ovos, na
hora em que a gente põe a cabeça no travesseiro e apaga a luz, é preciso ter
algum momento feliz pra lembrar. Os sorrisos devem fazer parte da rotina, não
importa se terça ou quarta, se chove, se faz frio... todo dia vale a pena! Se
parecer o contrário, faça valer!
Pra alguns, a felicidade está em uma xícara de café –
a minha de cappuccino... rsrsrs – outras pessoas adoram sentar no sofá em
frente à TV e acompanhar sua novela, sua série, seu futebol. Tem gente que
gosta de ir ao bar com os amigos, uns gostam de ler antes de dormir, de ir ao
cinema na matinê, de correr em linha reta, outros de deitar na cama e imaginar
mil coisas... enfim, cada um na sua... o importante é estar aberto a esses simples
e valiosos momentos de felicidade.
Por isso, não espere chegar sua folga, o fim de semana
ou aquele dia iluminado, faça acontecer! Faça valer cada risada, cada suspiro,
cada olhar... deixe-se contagiar! Como diz o Skank: “que culpa a gente tem de
ser feliz, que culpa a gente tem, meu bem? O mundo bem diante do nariz, feliz
aqui e não além...”. Pare de planejar tudo, se jogue agora! A maior felicidade
é viver intensamente, é fazer cada segundo agradável, divertido, leve! E
quando a segunda-feira chegar... sorria!
quinta-feira, 17 de maio de 2018
A vida passa...
Lia adora caminhar todas as manhãs, se pudesse passava
o dia caminhando sem hora pra voltar pra casa. Quando caminha é como se vivesse
um sonho ou em um mundo paralelo. Mas a vida real sempre exige sua presença e o
relógio avisa que está quase atrasada.
Jovem arquiteta, mas já respeitada no mercado, ganhou
um dia de folga antes de começar seu primeiro grande projeto, um novo espaço
cultural. Tenta conter a euforia, afinal, precisa de concentração e pés no
chão. A caminhada é a forma que encontrou para manter o equilíbrio!
Naquela manhã, o parque está especialmente iluminado e
os passarinhos inspirados em sua cantoria. Aos poucos, Lia aumenta o ritmo da
caminhada, enquanto pensa na vida, em suas conquistas profissionais e nas
reuniões infinitas que terá pela frente, mesmo assim é só satisfação.
Depois de mais uma volta completada, ela diminui o
ritmo e passa por duas velhinhas. Uma delas dizia que tal pessoa devia parar de
se preocupar com bobagem, porque “a vida passa e a gente nem vê”. A frase a faz
estremecer. Foi como se uma luz de alerta acendesse na frente de Lia. E um
pensamento começou a martela sua cabeça: o que será que estou fazendo de minha
vida?
Voltando a caminhar, agora, quase se arrastando, Lia tenta
rever seu cotidiano e constata que tem trabalhado demais e só trabalhado, quase
não consegue ver seus pais e menos ainda seus avós. Ainda atordoada pelos
pensamentos, ela é alcançada mais uma vez pelas velhinhas, que sem a menor
cerimônia disparam: “o que foi, menina? Descobrir que a vida passa e a gente
não vê foi tão surpreendente assim”? “Aproveita esse momento de lucidez e vai
viver... porque como dizia o poeta, o tempo não para”.
As velhinhas se afastam e como se a vida a
chacoalhasse, Lia cai sentada em um banco e fica ali... pensando alto: “é
isso... há quanto tempo não fico assim sentindo o vento no rosto, há quanto
tempo não dou uma risada descontraída? Pois é, preciso aprender a diferença
entre perder e ganhar tempo... antes que a vida passe por mim!
quarta-feira, 16 de maio de 2018
Água na boca
“Meu bem, você me dá água na boca. Vestindo fantasias,
tirando a roupa”. Ela canta em alto e bom som, enquanto pedala rumo à padaria.
Nem se importa com os outros ciclistas, muito menos os mal-humorados de plantão que
reprovam a cantoria logo cedo.
Os vizinhos já estão acostumados com as esquisitices
da moça. É comum passar dias cantando a mesma música e como adora Rita Lee,
vira e mexe, ela escolhe uma da roqueira, divertindo a maioria das pessoas por onde
passa. Com exceção do dono da quitanda, que costuma dizer que sua voz
estridente murcha as verduras e amolece as frutas. Mas ela não se ofende, está
acostumada com as grosserias do quitandeiro.
Sempre que passa em frente à loja de artigos
esportivos, ela para encantada por um dos capacetes. De dentro da loja, um
senhor grita: “compra logo... além de ser útil, tem cores lindas! Entra,
menina”. Ela dá sorriso, continua pedalando e pensa: “tenho que economizar, mas
pode ser uma boa... quem sabe comprando o capacete minha mãe deixa eu fazer
trilhas e viajar de bicicleta para o interior”?
Mais algumas pedaladas e passa pelo posto de gasolina,
levantando poeira. Com sua voz forte, um dos frentistas dá o mesmo conselho há
pelos menos dois anos: “larga disso, menina! Compra um carro, é mais seguro e a
gente te dá desconto pra encher o tanque”. Ela dá uma gargalhada: “já disse que
meu negócio são duas rodas! Pra que quatro”?
Finalmente, virando a esquina está a padaria
preferida! Estaciona a bicicleta e entra animando o ambiente. Os funcionários
adoram quando ela chega assobiando uma música que conhecem e logo o lugar vira
uma festa. Em uníssono, atendentes, balconistas, chapeiro, caixa, fregueses, gerente
e até o dono do estabelecimento cantam: “meu bem, você me dá agua na boca...”.
Mas sempre que cantam: “nada melhor do que não fazer nada”, o dono acaba com a
farra e manda todos voltarem ao trabalho.
Ela dá uma piscada
pra turma, prometendo voltar no dia seguinte, e vai pra casa declarando seu
amor incondicional ao pãozinho francês saído do forno: meu bem... isso é que dá
água na boca... hummm”.
terça-feira, 15 de maio de 2018
Ação...
Ir ao cinema, pra mim, sempre foi coisa séria! Encaro
como um ritual, escolho muito o que vou assistir. Não é qualquer filme que me
leva à sala escura! Mas além de um prazer, uma ida ao cinema pode ser uma
aventura! Posso contar nos dedos as vezes que fui e nada de estranho
aconteceu... ahahaha!
Lembro que uma vez eu estava olhando a vitrine de uma
loja daquelas que são uma perdição pra mim... não, não são lojas de sapato...
ahahaha... as que mais me chamam mais a atenção são as de livros de cinema e
literatura em geral. Estava eu olhando uma vitrine e não percebi que estava na
reta da porta de entrada de uma das salas do cinema. Fiquei entretida com as
obras e angustiada com a falta de dinheiro para adquiri-las, quando de repente
um casal me cutucou, com delicadeza, e perguntou: esta fila é para qual filme?
Eu olhei e uma fila enorme, de vinte pessoas ou mais estava alinhada exatamente
atrás de mim. Sem graça e com medo de ser linchada – estava sozinha, não ia ter
ninguém pra me defender – falei o nome de um dos filmes em cartaz, o casal se
afastou para o fim da fila. Eu simulei um problema e sai pelo outro lado do
cinema... aff... essa foi por pouco. Até lembrei de uma das cenas clássicas
protagonizadas por Carlitos, do grande Charlie Chaplin, em que ele, sem pensar
em nada, empunha uma bandeira e arrasta uma multidão de manifestantes atrás de
si... ahahaha... um perigo!
Certa vez, na bilheteria, presenciei idosos que têm
prioridade no atendimento discutindo pra saber quem tinha de ser atendido
primeiro. Peraí, gente! Não vamos especificar tanto, senão ninguém sai daqui
hoje. Já pensou? Por favor, os idosos façam fila, ordenados pela idade, se
empatar, pelo número de doenças crônicas, se empatar, pelo número de cabelos
brancos, se empatar... ah... fica um atrás do outro e vamos comprar logo essa
bagaça desse ingresso, vai!
Agora dentro da sala é preciso rezar muito pra não
sentar atrás de um cabeção... Pois é, baixinhas sofrem, mas sobre isso não há muito
o que fazer, a não ser pedir aos céus que tenham piedade! Uma vez, fui a uma
sala extremamente pequena, muito apertada mesmo, para assistir a um filme
tenso, daqueles que você sai até enviesada do cinema. Mas tive uma pré-sessão
bastante relaxante, uma diversão! Estávamos eu e uma amiga sentadas nas
cadeiras cujos números compramos na bilheteria. Lugares estrategicamente
escolhidos para uma visão espetacular da tela! Fomos das primeiras pessoas a
entrarem na sala, por isso, pudemos nos divertir com a dança das cadeiras que
antecedeu a exibição do filme. Sim, vários idosos presentes, adoro todos,
principalmente, porque os que têm o hábito de ir ao cinema são independentes e
isso é muito legal!
Enfim, pra encurtar a narrativa, uma senhorinha sentou
imediatamente ao meu lado e depois duas outras. Aí começou a confusão. Um casal
entrou e disse que havia comprado as cadeiras que as duas velhinhas estavam.
Depois de muito custo, as duas saíram e o casal sentou. Olhei pra minha amiga e
disse: quanto você quer apostar que essa velhinha aqui do meu lado tá na
cadeira errada? Ela explodiu numa risada, porque os dois velhinhos da frente
também haviam sentado nas primeiras cadeiras que viram quando entraram e
tiveram que mudar de lugar. Passados apenas alguns segundos e outro casal entra
e pergunta a minha amiga qual o número de sua cadeira, ela responde. Sem nem
pensar, virei para a velhinha: a senhora está sentada na cadeira que comprou? E
ela: nem sei, sentei aqui porque achei mais fácil do que procurar... o casal
pediu licença a minha amiga, depois a mim e chegaram na velhinha, avisando que
compraram a cadeira onde ela estava. A senhora faz uma carinha tão desolada que
quase dei meu lugar, o problema é que a sessão estava quase lotada. Ela saiu
devagarinho e ficou tentando achar sua cadeira... com muito custo achou lá na
frente... apagaram-se as luzes e eu fiquei imaginando a gritaria que seria se
mais alguém tivesse sentado no lugar errado numa sala apertada como aquela e
com o filme começando... é melhor nem pensar!
Outro dia bizarro foi quando assisti a Meia Noite em
Paris, de Woody Allen. A abertura do filme mostra belas imagens ao som de uma canção
suave. Estamos todos entrando no clima, quando de repente uma senhora começa a
identificar em voz alta cada um dos lugares da capital francesa que apareciam
na tela. No começo foi até simpático, mas comecei a ficar ressabiada... será que
quando o filme começar, ela vai continuar narrando alto? No terceiro suspiro narrativo,
um rapaz deu um grito de silêncio e a mulher ficou resmungando e dizendo que
conhecia Paris e tinha muita saudade. Faltou o cara falar, então, vai pra lá,
querida! Mas, com a ajuda dos deuses da sétima arte, o filme começou e a
senhorinha ficou caladinha... sessão tranquila!
Coisas que acontecem... e, na verdade, depois que
sobem os créditos, o melhor de tudo é a sensação de satisfação de ter visto
mais um filme, não importam as situações estranhas que presenciamos antes da
sessão... tudo é experiência... e aqui tudo vira texto... opa, esse foi o
título da crônica de ontem... ahahaha!
segunda-feira, 14 de maio de 2018
Tudo vira texto
Hoje, quando peguei o metrô pela manhã, tive a
angustiante sensação de encontrar um bando de tartarugas na minha frente...
Socorro! Eu sei que sou acelerada, mas por que as pessoas se arrastam ao invés
de andar... que merda!
A transferência da linha azul para a amarela já é
aquela salada russa, né, até porque tem o povo que vem da CPTM e que a gente
tem que driblar, dar caneta, chapéu... isso tudo tentando desviar de todos
os lerdos que encontra.
Na escada rolante, tem gente que parece que esquece... a esquerda
é pra quem gosta de correr... deixa essa bagaça livre, meu! Vencida a escada, a
hora de entrar no trem é de lascar. Você fica de lado pra esperar as pessoas
saírem primeiro pra depois entrar e sempre tem uma criatura que não espera,
passa na sua frente e embola tudo na porta... eu vô te falá... a paciência vai
lá pra puta que pariu... e, às vezes, nem volta mais.
E dentro do vagão... tudo certo? Mais ou menos...
arrumei um lugar em pé, que não atrapalhasse a circulação... e fiquei lá sossegada
por... alguns segundos... até que um cara sem noção parou na minha frente, todo
corcunda, mexendo no celular e tentando contrariar a famosa lei da Física que diz
que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Enfim... não há
muito o que fazer... o indivíduo está a centímetros de você, mas nem sabe que incomoda, porque está com o nariz grudado na tela, em outra dimensão.
Chega minha estação... e um cara está parado no meio
da porta, com cara de poucos amigos... e adivinha? Não vai descer, ou seja, vai
atrapalhar o fluxo. Eu acho, inclusive, que esse tipo sem noção deve ter uma
ligação qualquer com os lerdos, porque onde está um aparecem os outros. Que
delícia! Mas depois a raiva passa e o que fica é a vontade de escrever...
ahahaha... então, um viva aos sem noção e aos lerdos! ;)
sexta-feira, 11 de maio de 2018
Um simples xixizinho
Estar longe de casa e apertada para fazer xixi pode se
tornar uma tarefa complicada para nós mulheres. Enfrentamos vários problemas na
hora de usar um banheiro público. Em primeiro lugar, nem pensar em sentar
confortavelmente na tampa do vaso sanitário por motivos óbvios – sei lá quem ou
o que passou por ali antes –, e isso é só o começo. Como se não bastasse o
problema de ter que fazer xixi agachadinha, muitas portas de banheiros públicos
costumam apresentar problemas na fechadura ou simplesmente não ter fechadura,
resultado: mais um esforço. É preciso entrar cuidadosamente, se estiver de
calça comprida – e hoje em dia a maioria está – e tomar cuidado para não deixar
a barra tocar os líquidos desconhecidos que se espalham pelo chão. É importante
segurar a porta com uma das mãos, a calça com a outra, agachar ligeiramente sem
sentar, tudo isso ao mesmo tempo. Uma verdadeira ginástica!
Ontem foi um desses dias de luta... ahahaha... fui fazer
xixi num banheiro público. Cheguei correndo, apertada pra variar, porque só com
muita vontade pra encarar a maratona! Pois bem, entrei correndo, a porta não
tinha fechadura e nem encostava direito, estava empenada. Pois bem, num esforço
quase olímpico, fiquei na posição ideal, sem encostar na tampa da privada,
depois de tomar cuidado com a barra da calça e manter a porta fechada no braço
e pronto. Ou melhor, depois de longos minutos de tensão, dores musculares e
agonia, sem que a porta abrisse ou minha calça molhasse, suspirei aliviada!
Muitas vezes, o xixi custa a sair, fica inibido por ter
mobilizado quase o corpo todo só pra ele... que poderoso! Nesses casos, para
dar uma leve mijadinha, nós mulheres precisamos ativar até mesmo áreas desconhecidas
do cérebro. Com isso, podemos concluir que realmente os homens são mais
limitados, jamais teriam sucesso desempenhando tantas funções ao mesmo tempo!
Eles não conseguem, simultaneamente, assistir a um jogo de futebol, comer
pipoca e comentar os melhores lances, quanto mais fazer essa ginástica toda por
causa de um xixi. Aliás, pela facilidade que a ala masculina tem – abrir o
zíper, tirar o dito cujo e executar a tarefa – é que muitos homens, sem a menor
cerimônia emporcalham as ruas, os muros e até as indefesas e raras árvores que
ainda teimam em proporcionar ar puro, sombra e beleza a alguns recantos da
cidade. Um dia eles aprendem. A maioria já passou da idade de aprender, mas aí
o buraco é mais embaixo. Falar que é problema de educação pode nos colocar em
xeque, já que as mulheres são consideradas as educadoras da família – e até as grandes culpadas quando alguma coisa sai errado – mas esse assunto é muito mais
complicado... e hoje o tema é bem mais simples... simples como fazer um
xixizinho... em casa, é claro!
quinta-feira, 10 de maio de 2018
Vida é movimento!
Às vezes, estou aqui sozinha escrevendo, concentrada, ligo o rádio e toca uma bela canção. Começo a cantar e o pensamento começa a se misturar. Não importa o que estou escrevendo, paro e não só canto, mas danço no meio da sala. Confesso que muitas vezes isso atrapalha a produção dos textos, mas nada como cantar bem alto, dançar quase derrubando tudo que há sobre os móveis e cair no sofá de cansaço e satisfação.
Vida é movimento! Quando escrevo, vou para todos os lugares possíveis... Mas quando sinto o corpo muito parado, o rádio providencia aquela música que faltava pra minha animação me levar ao êxtase! Calma, leitor, não é nada muito glamouroso, é mais um modo de gritar pro mundo que estou aqui e que sinto e que quero e que preciso me sentir assim sempre em total movimento.
Por isso, gosto de caminhar! Caminhar sem parar... com o vento no rosto, o sol abraçando o corpo, as árvores enfeitando o caminho, o som dos passarinhos dando o ritmo! Quer mais que isso, meu? Eu quero! Ahahaha... Mas esse é outro assunto...
Cantem, dancem, deixem um pouco o mundo virtual e vivam a vida como ela merece, como todos merecem! Música é companheira para todas as horas, principalmente, para driblar a saudade e amenizar a solidão que o ato de escrever exige!
E aí? A música também te faz parar tudo? ;)
E aí? A música também te faz parar tudo? ;)
Eu voltei... agora pra ficar... :)
Oiiiiiiii... Que saudade de escrever aqui no Coisa Phina! Pensei bastante e resolvi que deveria voltar a publicar em meu querido blog, que surgiu da necessidade de escrever sobre assuntos que me fazem feliz e me emocionam. Só que em minha nova fase como escritora, meu olhar apaixonado estará pousado não só no cinema e na música, mas também na literatura! Vou continuar postando comentários sobre filmes, música e agora livros, mas a novidade é que pretendo publicar meus textos... crônicas e contos que merecem leitores!
E pra começar, no próximo post, uma crônica dançante... arraste os móveis e aproveite... rsrsrs... ;)
E pra começar, no próximo post, uma crônica dançante... arraste os móveis e aproveite... rsrsrs... ;)
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