quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Sobre horas

Sabe quando a hora parece que se arrasta?

Desabafa...

Obrigada pela delicadeza de querer me ouvir.

Eu estou sempre aqui pra te ouvir, porque sei que a recíproca é verdadeira!

Claro! Mas voltando às horas que parecem se arrastar, tava aqui lembrando de ontem, quando estava no trabalho esperando mensagens de e-mail que não chegavam e que impactavam minhas tarefas.

E daí?

Daí que as horas pareciam ter mais de sessenta minutos cada. Eu trabalhava pra caramba, mas como tem coisas que dependem dos outros, ficava alguns momentos pensando em como as horas, de vez em quando, teimam em não passar no ritmo que a gente gostaria.

Como tá filosófica!

Ah! Só quero entender por que quando a gente tá querendo socar um de tanta ansiedade, as horas parecem que se arrastam, parece que os ponteiros debocham da gente.

Que ponteiros? Não posso te ajudar na elucidação desse enigma, só tem relógios digitais!

Engraçadinho!

É verdade!  Mas lembro que minha avó tinha um relógio bem grande de ponteiros, que quando despertava, caía da mesa de cabeceira. Era um espalhafatoso, mas tenho saudade dele.

Ótima lembrança da infância, mas o que eu quis dizer é que as horas parecem passar mais rápido em determinados momentos. E isso independe do relógio ser analógico ou digital.

Adoro quando você explica tudo assim, séria! Mó orgulho!

Ahahaha... bobo, me ajuda, por que isso acontece? Essa sensação aflitiva?

Aflitiva... que palavra linda, amor!

Também adoro a língua portuguesa, mas qual sua contribuição para elucidar esse enigma?

Que maravilha dialogar com quem sabe construir belas frases!

Obrigada pelo elogio, mas qual sua análise?

Simples. As horas em que estamos trabalhando ou resolvendo problemas custam a passar, porque são recheadas de obrigações e responsabilidades e, às vezes, até precisamos que elas demorem um pouco mais pra não ficar nada pro dia seguinte. Já as horas em que passamos juntos correm como atletas olímpicos, precisamos colocar uns obstáculos pra que elas demorem um pouco mais a passar. E chega de conversa, vem cá, vamos aproveitar!

Ah! Que amor! Esta é a análise mais fofa que eu já ouvi.

Também te amo! :)

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