A HQ é uma fascinante mistura de épico e gótico que, como diz a sinopse, combina a bravura de "Conan, o Bárbaro" com o encantamento de "O Mágico de Oz". Sim, é tudo isso e um pouco mais, porque a narrativa trata ainda de questões humanas, como relacionamento familiar, perdas, inseguranças, temas que despertam o leitor a refletir para além da própria história.
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
Arte impecável
A HQ é uma fascinante mistura de épico e gótico que, como diz a sinopse, combina a bravura de "Conan, o Bárbaro" com o encantamento de "O Mágico de Oz". Sim, é tudo isso e um pouco mais, porque a narrativa trata ainda de questões humanas, como relacionamento familiar, perdas, inseguranças, temas que despertam o leitor a refletir para além da própria história.
sábado, 11 de outubro de 2025
Inocência feliz
Aproveitando que amanhã é Dia das Crianças e Dia de Nossa Senhora Aparecida, lembrei de uma história engraçada de quando eu tinha sete anos (foto) e fomos à Aparecida pagar uma promessa de minha mãe, que não vem ao caso aqui... mas que, enfim, nos levou a uma viagem bate e volta à Basílica para cortar meus cabelos.
Foi uma correria e quando estávamos todos no carro, minha mãe percebeu que tinha esquecido a tesoura e mandou que eu, a dona do cabelo a ser cortado, fosse correndo pegar. Mais tarde, chegamos em Aparecida, minha mãe fez uma trança nos meus cabelos em frente à imagem de Nossa Senhora... tudo transcorria conforme o planejado até que ela pediu ao meu irmão que cortasse a trança. Quando pegou a tesoura na sacola, ela levou o maior susto, eu tinha pegado a tesoura de frango... ahahaha... na hora, meu irmão não se segurou e riu e eu, sinceramente, não vi problema nenhum na tesoura vermelha e pouco discreta!
Como minha mãe era muito devota de Nossa Senhora Aparecida e o momento era solene, a bronca só veio depois... e assim mesmo foi suave... ahahaha... afinal, no fim das contas o cabelo havia sido cortado e acredito que, com todo respeito, Nossa Senhora nem deve ter se surpreendido, já conhecia sua pequena devota aqui...rsrsrs...
Ah! Gosto de lembrar da infância, porque por mais dificuldades que tivéssemos, sempre arrumávamos um jeito de rir das situações e é isso que torna as coisas mais fáceis de enfrentar, que nos ajudam a escrever nossas histórias, a criar nossas memórias afetivas e nos tornam mais humanos!
Toda a vez que estou numa situação desconfortável ou passando por um problema qualquer, típico de adultos, lanço mão de minha versão mirim e tudo se resolve, de um jeito ou de outro, a Gi menina/moleca não falha, ela sempre tem a solução pra Gi adulta enfrentar a porra toda... ahahaha...
Essa crônica é uma singela homenagem à beleza de se manter o sorriso infantil e valorizar a criança que temos dentro da gente! Salve Nossa Senhora Aparecida! :)
quarta-feira, 8 de outubro de 2025
Uma obra instigante
"Meio sol amarelo", da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, é uma leitura encantadora, ao mesmo tempo, densa e, profundamente, humana. A história se passa na década de 1960, quando a recém-indepentente Nigéria embarca em uma violenta guerra que dividiu o país com a tentativa frustrada de criação da República Independente de Biafra, deixando milhares de mortos.
O mais instigante do livro é que a autora não narra a guerra propriamente dita, mas como as pessoas lidam com o conflito e suas consequências, num embate entre realidade e ideologia. Os personagens são cativantes e cheios de nuances, cada um a seu modo, seguem equilibrando sonhos e angústias. Desde as primeiras páginas, somos convidados a acompanhar a trajetória de Ugwu, Olanna e Richard.
Ugwu é um camponês ingênuo e extremamente leal, que trabalha na casa do revolucionário Odenigbo, professor da Universidade de Nzukka, que vive com Olanna, moça da alta sociedade que, para desespero da família, resolve ser professora universitária. Richard é um jornalista inglês, estudioso da arte local e aspirante a escritor, que se apaixona por Kainene, irmã gêmea de Olanna.
Primeiro livro que leio da autora, considero a obra um banho de realidade e um certeiro exemplo de como é bela a arte da escrita! Aplausos para Chimamanda! Viva as escritoras! :)
sábado, 4 de outubro de 2025
Conversa de flor
– Claro que ficam mais iluminadas... elas recebem mais incidência do Sol!
– Não seja tão prática... gosto do lado romântico da coisa toda!
– Ih! Lá vem a derretida! Por acaso, você não acha a Mãe Natureza linda em todas as estações?
– Não falei isso... sei que cada fase tem seus encantos, mas a Primavera é diferente pra nós flores... você não acha?
– Sei lá! A verdade é que tem flores em qualquer estação.
– Tudo bem, rabugenta! Vamos fazer o seguinte: fique aí com suas opiniões certeiras, que eu prefiro ficar com meu olhar mais atento pras belezas à nossa volta!
– Não precisa falar assim comigo, somos flores irmãs, do mesmo galho. Sei exatamente o que você sente e concordo sobre as belezas... Só fico preocupada com os seres humanos que, muitas vezes, dizem nos amar e, por egoísmo, nos arrancam da vida sem nem um pingo de remorso!
– Sei disso, irmã! Só não quero que se preocupe tanto, afinal, eles acham que dominam tudo mesmo. Só espero que um dia acordem pro fato de serem parte do Planeta e não donos!
– Uhuuuuuu! Gostei de ver a consciência, irmã romântica!
– Ahahaha... deixe de ser realista por alguns instantes e sinta o Astro-rei nos inundando de calor!
– Olha, lá! Tô falando... vem vindo um casalzinho de mãos dadas. Espero que o rapaz não queira ser o herói e nos arrancar do galho só pra agradar a moça!
– Não! Acho que o amor deixa as pessoas mais doces...
– Vou tentar ser menos cética, mas com relação ao ser humano é sempre difícil!
– Vamos apostar! Pra mim, os dois estão tão bem juntos que só há espaço para beleza! E o ato de arrancar flores de seus galhos não me parece nada belo.
– Concordo! Mas vamos apostar o quê?
– Aposto que os dois vão se encantar conosco... branquinhas em meio às folhas verdes, iluminadas pelo Sol...
– Resuma a história... eles estão se aproximando!
– Está bem! Aposto que eles vão nos adorar e até tirar foto com a gente!
– Mania abominável de fotografar tudo o tempo todo! Está bem! Se você ganhar, resolvemos o que fazer depois...
– Combinado!
O casal chega perto da árvore e abre um sorriso! Uau! Que lindas flores! Quando o rapaz estica a mão como se fosse apanhá-las, a moça segura seu braço e dá uma piscada!
– Por favor, não arranque as florzinhas, quero que elas sejam as únicas testemunhas de nosso primeiro beijo!
– Sério?
A moça se aproxima do rapaz e os dois se beijam. Depois, ele saca o celular do bolso, faz várias fotos do casal tendo as flores como moldura e, em seguida, se afastam de mãos dadas.
– Ah! Que lindo! Não disse que nós inspiramos os humanos a serem melhores!
– Não exagere, realmente, esses dois foram legais, mas deve ser porque ainda não estão maduros... ahahaha...
– Não importa, ganhei a aposta, rabugenta!
– Romântica incorrigível!
– Sem enrolar... qual meu prêmio?
– Você já ganhou, irmã! Aliás, ganhamos, tivemos a sorte de encontrar humanos com almas de flor!
– Olha, minha irmãzinha... totalmente sensível!
– Pois é, rabugentas também amam! :)
* A foto que ilustra esta crônica é de minha autoria... um singelo registro em homenagem à Primavera! Salve a estação das flores!
quarta-feira, 1 de outubro de 2025
Sol particular
Nicolas também tinha sido procurado pela incorporadora, mas não cedeu às suas investidas. Em seguida, foi internado e, obviamente, concentrou-se na recuperação da saúde. Não ficou sabendo que os outros proprietários haviam sucumbido.
E agora, o que fazer? Será que o Seu Juca da padaria da esquina e seu Arlindo da farmácia ainda estão por aí? E a praça com suas árvores frondosas, os bancos e as mesinhas para as tardes de dominó?
Ao descer do táxi, diante de tanta mudança em sua rua, Seu Nicolas andou pela calçada, observando a correria por trás da placa "homens trabalhando" em meio a caçambas de entulhos. Olha, aquela parece a janela azul do sobrado do Alípio. Sem conter a emoção, Seu Nicolas se pergunta onde estará seu amigo.
Quando chega à praça, ufa... lá estão as árvores e as mesinhas do dominó, mas está deserta. Decidido, volta para a frente de seu querido sobrado e abre a porta. Menino, seu cachorro, balança o rabo, está amoado no tapete em frente à televisão. Clotilde, bordando na poltrona de leitura, levanta os olhos devagar e abre um sorriso.
– Nicolas! Por que não me ligou pra irmos te buscar?
– Não se preocupe, Clotilde! Estou bem, esse período foi só uma forma que arrumei de descansar e comer comida sem gosto, no caso, pra emagrecer... rsrsrs... Posso te dar um abraço?
– Vem, logo, meu velho! Mas antes faz um cafuné no nosso pequeno...
Menino balança o rabo e se aproxima devagar, como se tivesse medo de machucar o dono.
– Ora, vem cá, pequeno, eu não quebro, pode pular nas minhas pernas!
O cachorrinho lambe as mãos de Nicolas, que abraça Clotilde e assim os três permanecem, por um momento, unidos... como sempre!
– Agora, me conte! Por que não ligou?
– Queria fazer uma surpresa... acabei surpreendido... Onde foram parar as casas dos nossos vizinhos?
– Ah, meu velho! Agora só na nossa memória, mas tudo bem, o importante é que estamos aqui... firmes e fortes... como o Sol! Engraçado, você sempre chamou nosso sobradinho de Sol pra me irritar por causa do amarelo lindo e discreto que escolhi... rsrsrs... Agora, gosto da ideia, nosso Sol vai continuar brilhando!
– Mesmo entre esses edifícios sem charme algum!
– Isso mesmo! Vamos pra cozinha? Você chegou bem na hora do café...
– Cronometrei a alta do hospital pra chegar nessa hora, tô com saudade do cheiro do seu café!
– Ah! Espertinho! Vem, Menino! Veja se ele tem água fresca, meu velho?
– Claro, é pra já! Não se assuste com o barulho da britadeira ao lado, Menino, estamos aqui com você!
– Sempre!
– Firmes e fortes...
– ... como nosso Sol particular! :)
* A ilustração é da querida sobrinha/afilhada/parceira @alikailustra
sábado, 27 de setembro de 2025
Um cachorrinho aventureiro
Desesperado e perdido em meio às plantas do jardim, Rover passa, então, a procurar o tal mago para voltar a ser um cachorro de verdade! A partir daí, ele vive diversas aventuras na Lua, no fundo do mar! Ah... mas o que acontece com ele e por que o título do livro é Roverando, deixo para vocês descobrirem... recomendo a experiência!
Ainda que faça parte de suas obras para crianças e esta escrita para consolar seu filho Michael que havia perdido seu cãozinho de brinquedo, o enredo prende a atenção. Os personagens e cenários são muito bem construídos, nos proporcionando uma história tão envolvente que parece que embarcamos junto a Rover em seu voo com a gaivota Mia, rumo à Lua!
É, certamente, um livro com a marca da qualidade narrativa de Tolkien, que sabe como ninguém criar mundos e sagas com maestria! Pra quem quer uma leitura divertida, leve e emocionante, é uma ótima sugestão! Aplausos à genialidade do pai da literatura fantástica moderna! :)
quarta-feira, 24 de setembro de 2025
Romance e contos queirosianos
A narrativa se passa no final do século XIX, quando Gonçalo começa a escrever uma novela histórica sobre sua família. Aí está a genialidade de Eça de Queirós, que usando a metaliteratura, faz vários paralelos entre a história de Portugual em que vive o autor e a contada pelo fidalgo, além de comparar o protagonista com o próprio País, pois ambos enfrentam desafios e contradições, provocando, em nós leitores, altas reflexões!
Mesmo inseguro e cheio de angústias, o Fidalgo da Torre é generoso, gentil e... amorável... ah... adorei esta palavra! Vou até me permitir usá-la em meus textos... certamente, vai enriquecê-los e seria uma singela homenagem ao Eça!
Voltando à obra, adoro a capacidade do escritor, que além de inspirador, nos oferece uma aula da arte de escrever! Para quem, como eu, adora se aventurar criando histórias, alguns trechos são encantadores, como a frase: "A pena agora, como a espada outrora, edifica reinos..."; e o parágrafo: "E nessa manhã, depois de repicar a sineta no corredor, duas vezes o Bento empurrara a porta da livraria, avisando o Sr. Doutor 'que o almocinho, assim à espera, certamente se estragava'. Mas de sobre a tira de almaço Gonçalo rosnava 'já vou!' - sem desapegar a pena, que corria como quilha leve em água mansa, na pressa amorosa de terminar, antes do almoço, o seu Capítulo I".
Em "Contos", o escritor que deu início ao Realismo na literatura portuguesa, mostra seu domínio também da narrativa curta. A antologia, composta por oito contos, nos apresenta uma galeria de personagens em diversas situações cotidianas. Meu destaque vai para o conto que abre a coletânea "Civilização", que, anos depois, deu origem ao admirável romance "A cidade e as serras", obra sobre a qual abordei em postagem de julho deste ano!
Em resumo, dois exemplos da habilidade do escritor português, um dos meus preferidos ao lado do grande Saramago! Para quem quiser embarcar em histórias bem construídas e personagens "amoráveis", recomendo muito! Viva Eça de Queirós! Salve a Literatura! :)
sábado, 20 de setembro de 2025
À Natureza, com carinho!
quarta-feira, 17 de setembro de 2025
Mergulhando no chá de camomila
Essa necessidade de parar é normal, é como se precisássemos de uma reinicialização para atualizar os planos. Portanto, uma pausa, ainda que involuntária, tem um lado muito positivo se soubermos aproveitar esse momento para traçar, com entusiasmo, uma nova rota!
Para planejar novos caminhos, é preciso, antes de tudo, cuidar de si mesmo, encontrar conforto nas coisas que dão prazer, refletir sobre as possibilidades, fazer passeios culturais, deixar a criança que mora dentro da gente retomar um pouquinho nossas rédeas, descontrair os músculos, abrir o sorriso e se divertir como se a vida fosse uma tarde ensolarada ou chuvosa, claro, cada uma com seus encantos!
O fato é que desacelerar o ritmo, para muitos, combina com uma bela xícara de chá, torradas fresquinhas com geleia de amora e uma tarde de sossego.
Brincadeiras à parte, desacelerar é sempre bom... e como dizia Cora Coralina: "Lembra do que te faz feliz/Fala dos teus sonhos/Alimenta o que te fortalece/Não deixa o mundo te engolir"! Aplausos para a sensatez da grande poeta! Viva o calmante chá de camomila e o necessário bom-humor pra enfrentar essa porra toda! :)
sábado, 13 de setembro de 2025
A revista que nos fazia cantar
A revista trazia as letras e as cifras, porque era voltada para quem estava aprendendo ou tocava e, no caso, meu irmão tocava violão, guitarra, baixo e o que viesse pela frente... rsrsrs... Lembro que a gente cantava as músicas enquanto ele tocava violão... era uma diversão!
Pesquisando na internet, só por curiosidade, encontrei exemplares da Revista Vigu que em casa ficavam até gastos de tanto a gente folhear e cantar! A música sempre se fez presente em nossa casa, minha infância teve uma trilha sonora da mais alta qualidade, de vários estilos, nacional e internacional. E a Vigu era ótima, porque trazia sucessos maravilhosos que, ao longo dos anos, se tornaram clássicos!
Hoje, as pessoas não sabem mais o prazer que é ouvir um disco de vinil em uma vitrola ou aparelho de som estéreo, daqueles com duas caixas grandes (em cima das quais era comum colocar um vasinho de planta ou um porta-retrato... rsrsrs) e aí com o encarte do LP nas mãos para não errar a letra, ouvia-se belas canções, tendo uma experiência cada vez mais rara. Aliás, o tato é um dos sentidos menos usados, atualmente, porque nas relações digitais não há abraços, as conversas se dão por meio de telas, impessoais, não há calor humano, não há toque e nada de momentos olhos nos olhos, como cantou Chico. Ouvindo música apenas em plataformas on-line não há mais a satisfação de arrumar os discos na estante, de admirar cada detalhe da capa e até de aconchegá-los em um abraço reconfortante, fazer o quê... outros tempos! Mas voltando ao tema revista...
* A crônica de hoje vai para o aniversariante Betão, meu irmão que todo mundo chama de Giba, mas como dizia minha saudosa mãe, eu não sou todo mundo, portanto, vou continuar chamando-o de Betão mesmo! Parabéns para meu violonista/guitarrista/baixista preferido! ❤️
quarta-feira, 10 de setembro de 2025
Mate com leite e Filosofia
– É lamentável como as pessoas, hoje, não tem compaixão por ninguém... em situação nenhuma!
– Tá lembrando do episódio na cafeteria, né?– Você não concorda?
– Claro que concordo, inclusive, tive vontade de levantar na hora e socar aquelas duas metidas...
– E um dos caras também, porque o único que parecia menos metido foi o que levou o banho de café gelado ou seja lá o que tinha naquele copo enorme.
– Hoje você não conseguiria...
– Joga na cara que não tenho mais idade pra isso!
– Ahahaha... não é isso, amor! É que hoje somos mais comedidos...
– Chega de falar em acidentes de trabalho, incompreensão humana e aventuras da juventude...
– É melhor! Vamos falar de gastronomia!
– Gastronomia? Pensei que íamos mudar de assunto.
– Já mudamos!
– Cafeteria e mate com leite... curioso, mas pensei que ambos fizessem parte do rol da gastronomia.
– Não! Nada de lanches, quero falar de almoço... de jantar!
–Ah! Mas de gente normal ou aqueles cheios de talheres e copos de vários tamanhos?
– Ahahahah... dos mais finos!
– Acredito que eu não tenha repertório suficiente pra esse tipo de conversa, moça elegante!
– Ahahaha... Para com isso, fomos convidados pro jantar do...
– Temos que aproveitar as oportunidades e ter novas experiências! Não seja troglodita, amor!
– Ahahaha... troglodita e amor na mesma frase... adorei!
– Combinam com você, querido!
– Ah! Não seja cruel, não sou um troglodita, só não gosto de frescuras ao extremo!
– Então, cite uma frescura leve que você aguentaria.
– Você: levemente fresca!
– Ofendeu! Não gostei, vamos encerrar a conversa, se não você vai ver quem é...
– Ah! Que filosófico!
– Não seja irônica...
– Imagina, tô mó orgulhosa de você ter tido coragem de ler Platão, afinal, faz alguns meses que te dei de presente..
– Tive de me preparar... é uma leitura densa...
– Tudo bem... mas agora quero suas considerações!
– Uau! E qual sua conclusão sobre o Amor?
– Não sou filósofo, tampouco um intelectual capaz de formular uma resposta definitiva! Depois desta primeira leitura, refletindo um pouco, acredito que o Amor é um dos maiores bens do ser humano, concordo que ele nos estimula a nos conhecer melhor e buscar quem nos completa, para então fundir-nos com a pessoa amada e, juntos, nos transformarem em um só.
– Que lindo, amor! Você acredita que também refleti sobre isso quando li "O Banquete"?
– Claro que acredito! Uma das coisas que sempre nos uniu é a forma de pensar, de entender o mundo, de sentir as coisas...
– Tá inspirado! E o que achou do outro texto: "Apologia de Sócrates"?
– O discurso de defesa de Sócrates durante seu julgamento é magnífico, até marquei alguns trechos, como este: "Por toda parte eu vou persuadindo a todos, jovens e velhos, a não se preocuparem exclusivamente, e nem tão ardentemente, com o corpo e com as riquezas, como devem preocupar-se com a alma para que ela seja quanto possível melhor, e vou dizendo que a virtude não nasce da riqueza, mas virtude vem, aos homens, as riquezas e todos os outros bens, tanto públicos como privados".
– Lindo! Também gosto do trechio em que ele diz: "... o maior bem para um homem é justamente este, falar todos os dias sobre a virtude e os outros argumentos sobre os quais me ouvistes raciocinar, examinando a mim mesmo e aos outros, e, que uma vida sem esse exame não é digna de ser vivida...". É de uma sensibilidade, de uma humanidade que atualmente anda em falta...
– Enfim, obrigado pelo livro, amor! Você me tornou um homem mais reflexivo e feliz... porque ao seu lado, como diria nossa premiada, a vida presta!
– Posso te abraçar, meu filósofo preferido?
– Deve! :)
sábado, 6 de setembro de 2025
O Astro-rei e a sobremesa
quarta-feira, 3 de setembro de 2025
Mestre do humor e dos diálogos certeiros!
sábado, 30 de agosto de 2025
Reencontrando uma amiga de infância
Ah! A Tina sempre teve um lugar de destaque nas minhas leituras de histórias em quadrinhos... e há pouco tempo, quando vi que estava sendo relançada a trilogia "Tina e os Caçadores de Enigmas", originalmente lançada entre 2007 e 2008, fiquei curiosa, porque não cheguei a ler na época e porque Tina está mais madura, cursano a faculdade de... Jornalismo! Ah! Aí não teve jeito, tive de conferir! Adorei revê-la, foi como reencontrar uma amiga de infância, que tem muitas coisas em comum comigo... escolhemos Jornalismo! E somos bem-humoradas! Ahahaha...
O primeiro volume da trilogia é muito divertido, Tina, Rolo, Pipa e Zecão se aventuram no interior de São Paulo em busca de informações sobre extraterrestres. Durante toda a trama, os personagens fazem referências a filmes que adoro como "Guerra nas Estrelas", "De volta para o futuro", "ET, o extraterrestre", além de temas relacionados ao espaço. É uma leitura leve e, ao mesmo tempo, instigante, repleta de citações, cores vivas e a arte irretocável da MSP Estúdios.
quarta-feira, 27 de agosto de 2025
Releitura de um grande clássico
sábado, 23 de agosto de 2025
Uma metralhadora de recomendações
![]() |
Ilustração: Eduardo Arruda |
– Nem fala o nome pra não dar ideia pro Universo... ahahaha...
– Ahahaha... tá bom, só ia dizer que lembrei do dia em que ela me convidou pra passar a tarde na piscina! Pensei que seria uma tarde agradável e divertida...
– Calma, amor! Não seja cruel, conta logo... eu sei que você quer compartilhar...
– Tá bom... foi um festival de orientações e alertas... ahahaha... Quando cheguei, tirei os chinelos e ela logo disparou: "cuidado com o piso quente, o Sol está a pino, fique sentada na canga pra não queimar a bunda, agora, mergulhe os pés na água... assim... mas, por favor, não bata os pés que vai me molhar toda e molhar em volta da piscina... o que é muito perigoso... alguém pode escorregar"...
– E você conseguiu falar alguma coisa?
– Ahahaha... pelo menos, você se diverte... bela definição da criatura.
– Pois é, mas na hora é uma tensão, só dias depois consigo me divertir com as sandices dela.
quarta-feira, 20 de agosto de 2025
Mezzo diversão, mezzo emoção!
quarta-feira, 13 de agosto de 2025
Um doce violeiro...
sábado, 9 de agosto de 2025
Um lugar feito de música
quarta-feira, 30 de julho de 2025
Um quarteto simpático
sábado, 26 de julho de 2025
A arte de criar histórias
Mais tarde usei muito essa máquina e lembro dela com carinho até hoje. Curiosamente, há pouco tempo, fui visitar um amigo que tem uma igualzinha como decoração... que linda! Se pudesse, teria aquela da infância comigo só pra lembrar da Gi menininha querendo escrever histórias...
O barulho das teclas de uma máquina de escrever é sem igual, digitar no computador pode até ser mais cômodo, quebrar menos unhas, mas nada como ser provocada pelo barulhinho das teclas e o sininho avisando que está na hora de mover a alavanca de avanço para mudar de linha e continuar a escrever! Agora, chega de falar da máquina, vamos voltar ao tema central, porque estou digitando e computador adora dar pau quando se sente preterido ou quer simplesmente nos lascar... rsrsrs...
Falei tudo isso para registrar que ontem foi Dia Nacional do(a) Escritor(a)! Uma data que gosto muito de comemorar, primeiro, porque adoro os escritores, sou uma leitora assídua... adoro Literatura brasileira e de tudo que é país, desde que me conquiste e me encante! Os escritores nos proporcionam viajar por diversos lugares fictícios ou reais e nos apresentam a milhares de personagens que nos fazem companhia durante a leitura! Admiro inúmeros nacionais... como os Verissimo (Érico, pai, e Luis Fernando, filho), Machado de Assis, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Chico Buarque, Fernando Sabino, Zélia Gattai, Clarice Lispector, Plínio Marcos, Nelson Rodrigues... e outros tantos!
Em segundo lugar, gosto de comemorar esta data por ter, humildemente, publicado três romances de forma independente, fico feliz em ter tentado entrar pra turma dos que criam histórias! Escrever, pra mim, é uma necessidade, por isso publico duas vezes por semana aqui em meu doce blog! Criar personagens é instigante e adorável... ter meus personagens por companhia é acolhedor! Viva a Literatura Nacional! :)
* Na foto que ilustra esta doce crônica, meus queridos três livros/filhos... "Procurando Sophia", "Infância, o recreio da vida" e "Correndo por aí" ❤️ ❤️ ❤️
quarta-feira, 23 de julho de 2025
É preciso manter-se em movimento!
– Às vezes, penso em fazer yoga!
– Com som de acento agudo ou circunflexo?
– Ahahaha... é mesmo, antigamente a gente falava yóóóga! Agora, dizem que o certo é yôga, com o som do "o" bem fechado!
– Aula de pronúncia à parte, continue...
– Pois é, eu tava dizendo que queria praticar yoga... quando leio sobre o assunto fico animada, mas só de pensar nas poses que é preciso fazer, desanimo...
– Por que, amor? Você sempre foi uma quase atleta!
– Realmente, quase corria, quase ia à academia, quase jogava futebol...
– Como é que é? Você quase jogava futebol? Como nunca me disse antes?
– Talvez pra não aumentar sua patrulha sobre o fato de ser uma quase atleta!
– Que maldade! Eu não faço isso... só me preocupo... antes, a gente ia junto pra academia, caminhando, agora você não quer nem que eu te leve no colo ou de carro... ahahaha...
– Engraçadinho! Você sabe por que parei de ir à academia... meu joelho está levemente estourado...
– Adoro sua delicadeza... levemente estourado... ahahaha...
– Sinceramente, não sei onde está a graça! Ah! Só pra lembrar... você também foi quase jogador de basquete!
– Parei porque entrei na faculdade e não dava pra conciliar as duas coisas.. o que foi? Não me olha com essa cara de que eu não tinha altura pra isso... em primeiro lugar, eu era armador, não precisava ter dois metros de altura, em segundo, sou bem alto para a média geral!
– Não fica nervoso, meu quase anão! Ahahaha...
– Se 1,85 m pra você é quase anão... fazer o quê?
– Tô brincando, amor! É claro que você é alto... 1,85 m de charme e de preguiça de treinar basquete!
– Ahahaha... não tenho mais energia pra correr uma quadra armando jogo pra um bando de sem noção... mas chega de enrolar e diz logo por que não vai fazer yoga!
– Eu não disse que não vou fazer yoga... só estou refletindo se vale a pena tentar fazer aquelas poses... e se eu não tiver jeito pra coisa? Vou pagar pra ser humilhada... ahahaha... ainda bem que consigo rir dessa miséria toda... ahahaha...
– Ahahaha... o humor é tudo! E quando temos alguém pra rir junto então... aí que ninguém segura a gente!
– Cúmplices na alegria e na zombaria!
– Ahahaa... agora, sinceramente, precisamos voltar a fazer alguma atividade física juntos... ou não... desde que a gente se mexa! Nosso corpo precisa de movimento!
– Será que consigo fazer yoga? Já me disseram que é bom pra quem tem problema de joelho...
– Tem que tentar, amor! Eu te levo amanhã, que tal?
– Nossa, mas amanhã não ia ser nosso dia de folga? Pra gente fazer nada com propriedade e sem culpa?
– Ahahaha... Se a gente organizar direitinho dá pra não fazer nada brilhantemente e depois irmos conferir se você vai se tornar a mais nova praticante de yoga do pedaço!
– Ah! Não exagera, amor! Mas aceito a programação... com uma condição... você tem que ficar o tempo todo me assistindo... ahahaha...
– Melhor filme é te assistir, amor!
– Uau! Que romântico! Pensando bem, já que você falou que precisamos manter nosso corpo em movimento... vem cá que vou te mostrar minhas teorias sobre a necessidade de movimento... ui!
– Uhuuuuuu! Tirem as crianças da sala! :)